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Jilmar Tatto critica proposta do prefeito eleito João Doria de transferir Virada

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– O secretário municipal de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto (PT), criticou o plano do prefeito eleito João Doria (PSDB) de levar a Virada Cultural para Interlagos, na zona sul de São Paulo. De acordo com Tatto, a mudança transforma o evento em uma “Woodstock de coxinha”.

“Agora é a Woodstock de coxinha. Vai lá no… Não vou falar mal de Interlagos porque eu morei muito tempo lá. Gente, não é isso. É conviver com a cidade”, disse secretário do atual prefeito, Fernando Haddad (PT). A assessoria de imprensa de Doria disse que o prefeito eleito não comentaria as declarações de Tatto.

A proposta de Doria para a Virada Cultural foi apresentada nesta segunda-feira, 5, durante um evento na sede da Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio). Em sua fala para presidentes de sindicatos patronais e alguns dos futuros secretários municipais, Doria disse que o evento sofreria modificações. “(A Virada) vai ocorrer dentro de Interlagos, garantindo segurança, comodidade e com transporte público até o local”, disse Doria.

O anúncio de Doria causou reações contrárias. Nas redes, internautas criaram a Virada Cultural Clandestina que já contava com mais de 40 mil interessados ou confirmados na manhã desta terça-feira, 6.

O secretário de Cultura de Doria, André Sturm, disse na manhã desta terça-feira, 6, que serão retirados do Centro, durante a Virada Cultural 2017, apenas os palcos para grandes shows. “Não é fazendo grandes shows que vamos valorizar o Centro de São Paulo. Vamos transferir esses shows para Interlagos.”

Sturm disse que Doria se antecipou ao comentar sobre o assunto na tarde de segunda, 5, durante um evento na Fecomércio, e que as conclusões sobre sua fala também foram precipitadas. Sturm afirmou que o Centro vai usar palcos para shows menores, mas que o foco será o uso de equipamentos fechados, como as bibliotecas, museus e o Teatro Municipal. “Queremos usar a Virada como alavanca para estimular a frequência desses espaços durante o ano todo.”

A Virada Cultural foi criada em 2005 na gestão do também tucano José Serra, hoje ministro das Relações Exteriores, com o intuito de promover a ocupação e convívio social no centro de São Paulo, marcado por áreas degradadas e abandonadas.