
O Centro Municipal das Juventudes (CMJ) de Jardim Carapina, na Serra, recebe neste sábado (20), às 13h, a seletiva do Slam ES, competição de poesia falada que une arte, resistência e identidade das periferias.
O encontro contará com a final do Slam Vilania e a disputa do Slam de Cria, que vai escolher quem representará a cidade no campeonato estadual.
O evento é resultado da articulação entre coletivos que concluíram seus circuitos locais, ampliando a representatividade cultural e oferecendo à juventude serrana um espaço de expressão e protagonismo.
Para a produtora cultural e coordenadora do Slam de Cria e Slam Vilania, Gisele Paulo, o slam é um espaço democrático e transformador.
Mais que um palco, é um espaço de luta pelos direitos culturais e de expressão, onde os jovens transformam dores e violências em poesia, celebram o amor, a coletividade e os sonhos, e se tornam protagonistas de suas próprias histórias.
Gisele Paulo
O que é o slam?
O slam é uma competição de poesia falada em que os poetas, conhecidos como slammers, apresentam obras autorais de até três minutos usando apenas corpo e voz. As performances são avaliadas por jurados escolhidos na plateia, valorizando a interação com o público.
Criado em Chicago em 1984 pelo poeta Marc Kelly Smith, o formato chegou ao Brasil em 2008 com a atriz e pesquisadora Roberta Estrela D’Alva. Desde então, se espalhou pelas ruas e periferias do país, tornando-se uma ferramenta de expressão artística e social para grupos historicamente excluídos.