Durante entrevista ao Domingo Espetacular, Maitê Proença refletiu sobre a carreira artística e sua história de vida. Em 1970, em um crime brutal, o pai da atriz assassinou a mãe por ciúmes. Na época, Maitê tinha 12 anos de idade e ele foi absolvido por legítima defesa da honra. Anos depois, o pai e o irmão tiraram a própria vida.
Na juventude, a artista passou por uma forte depressão e teve dificuldades em lidar com o que passou.
– Eu ainda precisava daquelas emoções para emprestar aos personagens. Quando eu ia para o personagem e chegava em mim, tinha que buscar naquele lugar perigoso. Quando vi o que estava acontecendo, não dei conta sem drogas. Precisei delas para dar uma aliviada.
Ao relembrar o casal que ajudou a ela e seu irmão após a perda dos pais, a famosa se emocionou:
– Quando minha mãe se foi, fui parar num pensionato de luteranos, eles eram de Minnessotta. Lá fiquei três anos e meu irmão quatro. Me acolheram no momento de maior tristeza da minha vida. Fui para Minnessotta anos depois e falei como eles tinham sido importantes na minha vida e como tinham salvado a gente de não ter ninguém, não ter nada. Não tinha pai, não tinha mãe, não tinha casa, não tinha para onde ir, nada. Aquelas pessoas, de puro amor, acolheram a gente e deram o que a gente precisava, uma família. Pude falar isso para eles. Foi uma choradeira. Até hoje são meus irmãos aquelas pessoas, quando viajo eu conto.
Maitê também comentou o fato de ter feito a primeira cena de nudez em horário nobre da história da televisão brasileira.
– Era um nude que não tinha problema nenhum com aquilo. As cenas de nu eram bonitas, era divertido de fazer ainda que a gente trabalhasse 16 horas por dia. Chegava e tinha que decorar 60 cenas.