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Maratona de Indiana Jones no Telecine Cult

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Alguém já pensou como seria a série com Indiana Jones, se a providência não tivesse mexido seus pauzinhos para algumas mudanças que foram definitivas? Embora tenha surgido como uma criação conjunta de Steven Spielberg (diretor) e George Lucas (produtor) para recuperar o clima das sessões da tarde da infância de ambos, logo surgiram as divergências. Lucas via Indy, o dublê de aventureiro e arqueólogo, como um sedutor à James Bond, e chegou a pedir ao roteirista Lawrence Kasdan que escrevesse uma cena de sexo – com o herói de black-tie -, que Spielberg se recusou a filmar.

Mais interessante ainda – Tom Selleck seria o intérprete do papel, mas na última hora ele preferiu fazer a série Magnum e Harrison Ford, que Lucas conhecia do set de Star Wars – o que seria depois o Episódio IV -, entrou como quebra-galho.

São histórias que vale lembrar neste domingo, 22, em que o Telecine Cult anuncia uma maratona de Indiana Jones – não os quatro filmes, mas os três primeiros, os melhores. Começa com Os Caçadores da Arca Perdida, às 17h50, e prossegue, pela ordem, com Indiana Jones e o Templo da Perdição, às 19h55, e Indiana Jones e A Última Cruzada, às 22h. O primeiro mostra o herói enfrentando nazistas que, como ele, buscam a Arca da Aliança de Deus com o povo judeu. Olha o spoiler. O plano final é emblemático – depois de toda aquela ação, a arca é encerrada num hangar pela burocracia, contra a qual Spielberg voltaria a investir em E.T., no ano seguinte. Outra curiosidade – o diretor queria Debra Winger como mocinha, mas ela declinou e foi substituída por Karen Allen.

Para o 2, Spielberg anunciou que estava procurando a “shiksa” perfeita, ou seja, a mulher não judia que interage com o judaísmo por meio dos homens. Encontrou-a em Kate Capshaw, com quem até se casou. Dessa vez, os vilões não são nazistas, mas integrantes de uma seita que, na Índia, escraviza crianças e arranca o coração das pessoas vivas. Foi o filme da série que deu mais problemas a Steven, pelo simples fato de ter violência demais, segundo distribuidores e exibidores. Não seria divertimento familiar. Tem cenas memoráveis – a da ponte pênsil e a bola gigantesca nos trilhos da mina.

O 3 mostra Indiana em busca do Graal, e essa busca coincide com a do pai, interpretado por Sean Connery – talvez para fechar o ciclo pretendido por Lucas, Indy como cria de 007? O 4, O Reino da Caveira de Cristal, de novo com vilões nazistas, introduzia o filho do herói (Shia Labeouf) e devia sua melhor cena – a da praga de formigas – ao Byron Haskin de Selva Nua. Depois de muita hesitação, o roteiro do 5 está pronto e vai sair. Harrison Ford jura que será muito bom, mas Spielberg já anunciou que não pretende dirigir.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.