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Museu de Arte Moderna do Rio mantém esperança de vender tela de Pollock

Museu de Arte Moderna do Rio mantém esperança de vender tela de Pollock Museu de Arte Moderna do Rio mantém esperança de vender tela de Pollock Museu de Arte Moderna do Rio mantém esperança de vender tela de Pollock Museu de Arte Moderna do Rio mantém esperança de vender tela de Pollock

Apesar de ver frustrada a primeira tentativa de leiloar a tela Nº 16, do americano Jackson Pollock, o Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio mantém a esperança de que conseguirá negociar a obra pelos US$ 18 milhões (R$ 67,3 milhões, na cotação atual) estabelecidos como valor mínimo. No leilão realizado anteontem pela Phillips, em Nova York, o quadro recebeu seis lances – o maior deles de US$ 15,7 milhões (R$ 58,7 milhões).

O MAM não desistiu de conseguir o valor definido para a peça de Pollock, que em março chegou a ser avaliada em US$ 25 milhões e depois teve seu preço revisado para baixo.

“O mais importante é nós conseguirmos fazer a venda pelo que nós estabelecemos como mínimo”, disse ao Estado o colecionador Paulo Vieira, que é conselheiro do museu.

Mesmo que a obra não tenha sido negociada na quinta-feira, Vieira demonstrou otimismo pelo fato de a tela ter recebido seis lances, o que significa que teve ao menos dois interessados.

“A esses US$ 15,7 milhões (maior lance oferecido) quem compra paga também uma comissão à casa de leilão, de 15%. Se você somar os valores, chega perto dos US$ 18 milhões, que é nosso preço de reserva”, explicou o conselheiro. “Quem deu o lance não sabia que não funcionaria pra nós. Agora, ele sabendo que nós temos um valor mínimo para o museu, temos que deixar a Philips trabalhar para ver se conseguimos chegar a esse valor.”

A intenção é de que a Phillips consiga negociar diretamente com os interessados. Outra opção é chegar a um acordo para o museu receber parte do prêmio de 15% destinado à casa de leilões.

O montante que a diretoria do MAM espera conseguir para a obra é considerado fundamental para que o museu consiga ser autossustentável pelos próximos 30 anos. A instituição se mantém com recursos obtidos com o aluguel de espaços e de patrocínios de empresas privadas, em geral oriundos de Leis de Incentivo. Segundo o museu, contudo, os valores têm sido insuficientes para cobrir as despesas – o déficit anual seria de R$ 1,5 milhão.