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'Não cogito meus leitores, eles existem', diz Nélida

‘Não cogito meus leitores, eles existem’, diz Nélida ‘Não cogito meus leitores, eles existem’, diz Nélida ‘Não cogito meus leitores, eles existem’, diz Nélida ‘Não cogito meus leitores, eles existem’, diz Nélida

– Os números que cercam a carreira da escritora Nélida Piñon são expressivos quando se leva em consideração a literatura que ela faz, livros ensaísticos e ficcionais densamente narrados. São mais de 300 mil livros vendidos, sendo 60 mil de A República dos Sonhos e 21 publicados, mas quatro deles estão fora de catálogo (dados fornecidos pela editora Record).

De onde partiu a fama de Nélida Piñon ser pouco lida? Segundo o editor da escritora, Carlos Andreazza, da Record, é difícil precisar. “Mas eu apostaria que tem algo a ver com certa implicância paulista com a Academia Brasileira de Letras, da qual ela é defensora e uma das vozes mais importantes.”

Mas, independentemente de como surgiu a fama, Andreazza contesta a afirmação em cima dos números que a escritora apresenta na Record. “Objetivamente, Nélida vende mais do que a média do escritor brasileiro e seus livros são lucrativos. A editora não faz favor. Publica seus livros porque são bons e porque dão lucro. Nélida combina as duas coisas – por isso tem quase toda sua obra em catálogo”, exemplifica.

Quando o assunto é abordado durante a entrevista, Nélida começa questionando a própria afirmação da pergunta: “Dizer que sou pouco lida, como assim?! Tenho uma obra quase toda editada. A República dos Sonhos já foi reeditado não sei quantas vezes. Isso que você está dizendo não é verdade. Agora me diga qual é o escritor que assim que termina um novo livro, a editora logo se prontifica em editá-lo?”, devolve ela.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.