O nome de Príncipe Andrew está sob os holofotes de polêmicas mais uma vez. Na última quarta-feira, dia 3, a Reuters teve acesso aos documentos do processo contra Jefrrey Epstein, que citam os nomes do príncipe Andrew, assim como o de Bill Cliton. Os papeis foram revelados durante uma ação civil aberta.
Epstein é um criminoso sexual conhecido que tirou a própria vida em 2019, aos 66 anos de idade, enquanto aguardava o julgamento de acusações de tráfico sexual. O milionário era conhecido pelos poderosos da Wall Street, famosa rua de negócios em Nova York, nos Estados Unidos, pela realeza e celebridades. Isso, antes de ser acusado, pela primeira vez, em 2008, por solicitar trabalho de prostituição de uma jovem menor de idade.
Agora, segundo informações da Reuters, uma vítima de Jeffrey acusa o Príncipe Andrew de ter tocado de maneira inapropriada nos seus seios durante um encontro na casa de Epstein em Manhattan, em 2001.
O incidente já foi veiculado anteriormente por algumas mídias, mas sem detalhes de datas ou locais e, na época, Andrew negou qualquer envolvimento. Até o momento, ele não se pronunciou novamente sobre o assunto.
Outros nomes citados no processo
Além de Príncipe Andrew, as muitas vítimas de Epstein também envolveram nomes de outras pessoas famosas. Os documentos citam Bill Clinton, Michael Jackson e do mágico David Copperfield, mas não registaram nenhum delito sexual cometido por eles.
O nome do ex-presidente dos Estados Unidos aparece inúmeras vezes ao longo das mais de 900 páginas que vieram a público. Clinton reconheceu que era um associado de Epstein, mas negou saber de qualquer crime cometido por ele.
Porém, segundo os documentos, vítimas revelaram que Epstein chegou a dizer para elas que o ex-presidente gostava delas jovens, se referindo às garotas. Também foi descoberto que Cliton chegou a viajar inúmeras vezes no jato privado do criminoso sexual.
Em 2019, um porta-voz do político reiterou à CNN que o ex-presidente não sabia de nenhum crime e, quando descobriu, cortou qualquer tipo de relação com o milionário.
Além dos nomes já citados, a vítima revelou que teria tido relações sexuais com o bilionário Tom Pritzker, o ex-governador do Novo México Bill Richardson, que já morreu, Glenn Dubin e muitos outros políticos ou pessoas com dinheiro. Tudo teria acontecido por ordens de Epstein.
Documentos públicos
A juíza Loretta Preska, de Nova York, nos Estados Unidos, pediu, em dezembro de 2023, para que todo o processo movido contra Jeffrey Epstein fosse tornado público.
A autoridade alegou que já havia muita especulação sobre os crimes, visto que alguns nomes já eram de conhecimento da mídia após o julgamento de Ghislaine Maxwell, ex-namorada de Epstein, que o ajudaria nos abusos sexuais.
Preska alegou que não houve muitas objeções contra tornar o processo público, mas pediu que os nomes de algumas vítimas continuassem em segredo pela delicadeza de seus casos. Sabe-se que os papeis registram mais de 100 nomes de vítimas ou testemunhas contra o criminoso. É esperado que mais informações sejam divulgadas ainda nos próximos dias.
Jeffrey Epstein se declarou culpado da acusação de abuso sexual que aconteceu em 2009. Com a ajuda de sua namorada na época, ele teria abusado de uma jovem menor de idade. Epstein tirou a própria vida em 2019, quando estava na prisão, aguardando o julgamento das acusações de tráfico sexual, que foram registradas no mesmo ano.