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Pantera Negra não contribui ao debate, mas diverte

Pantera Negra não contribui ao debate, mas diverte Pantera Negra não contribui ao debate, mas diverte Pantera Negra não contribui ao debate, mas diverte Pantera Negra não contribui ao debate, mas diverte

São PauloPantera Negra / Black Panther

(EUA/2018, 134 min.) Dir. de Ryan Coogler. Com Chadwick Boseman, Michael B. Jordan, Lupita Nyong’o

O cineasta Ryan Coogler tem feito filmes interessantes sobre a questão racial na América – é o caso de Fruitvale Station – A Última Parada (2013) e Creed: Nascido para Lutar (2015). Por conta disso, havia a expectativa de que Pantera Negra, sobre o herói negro dos comics, pudesse ter um efeito semelhante ao de Mulher Maravilha, no ano passado.

O longa de Patty Jenkins, de alguma forma, impulsionou o debate sobre o empoderamento feminino. Pantera Negra decepciona como contribuição ao debate da negritude. Coogler cria a oposição entre um negro conciliador e outro, radical. Chadwick Boseman vs. Michael B. Jordan.

É como estar de volta aos anos 1960 – abaixo a ideologia dos Panteras Negras. Não é só uma questão de ideologia. Algumas soluções – a poção mágica que dá poder ao herói e, depois, ao antagonista – não estão bem resolvidas. Mas é possível ver o filme com certo prazer. A direção de arte, que une o futurista e o primitivo, é prodigiosa. O elenco negro é ótimo. O problema é que, pela importância do tema, podia-se esperar muito mais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.