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Pensão da Jô, como tudo começou

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São números superlativos – seis temporadas na TV paga, 260 episódios e 3,3 milhões de espectadores quando o primeiro filme da franquia Vai Que Cola foi lançado nos cinemas. Naquele tempo, havia Paulo Gustavo no elenco. Agora, sem Paulo e adotando o formato da “prequel”, Vai Que Cola 2 – O Começo chegou às salas na quinta-feira. O diretor César Rodrigues admitia estar com aquele friozinho na barriga. O Começo iria repetir o sucesso?

No fim de semana, Vai Que Cola – o Começo ficou em segundo nas melhores bilheterias, com 233 mil espectadores. Ficou atrás de It – A Coisa 2, com 571 mil (no acumulado, soma 2,169 milhões de espectadores), mas à frente de Divaldo – O Mensageiro da Paz, com 104 mil.

Na “prequel”, Ferdinando/Marcus Majella deixa cidade interiorana e vai tentar a sorte no Rio. Vai parar no Méier, na casa da Dona Jô, que ainda não é pensão – será, no fim do filme. Feijoada, roda de samba, o tesouro do grande amor de Terezinha, a fogosa Jéssica – e o beijo gay. Disputando o bofe com a garota, Ferdinando aplica aquele beijo em Maicól. No making of, Majella diz que foi preciso repetir a cena várias vezes, “até ficar como o diretor queria”.

Há pouco, outro beijo gay virou caso de polícia na Bienal do Livro, no Rio. César reconhece o perigo, mas nega oportunismo. “Começamos o Sai de Baixo num Brasil muito diferente. Não sei se hoje em dia, com esse retrocesso, teríamos feito tanto sucesso. Mas o beijo gay do Vai Que Cola – O Começo não representa nenhum manifesto da gente. Nossa bandeira é o divertimento.”

E Rodrigues arrisca uma interpretação. “O que o Vai Que Cola tem de mais bacana é uma ideia de família, mesmo que não seja a de sangue, mas do afeto. Dona Jô é uma mãezona que acolhe todo aquele grupo e no qual todo mundo é aceito. É como a família da gente. Tem o gordo, o primo gay, o crente, a p…, todo mundo é diferente, mas a gente aceita, termina por respeitar. O Brasil todo devia ser essa família. Tem gente que vai achar o beijo gay uma afronta, mas para a evolução da nossa história era importante. Não abrimos mão. A expectativa é de que o público aceite.”

Mais “ultrajante”, como dizem os norte-americanos, é a cena em que Ferdinando repica Xuxa na recriação do hit Lua de Cristal, com direito a Sérgio Mallandro como príncipe. É hilário, e o máximo da inclusão. Em outubro, começa a nova temporada do Vai Que Cola – e a novidade é que vai todo mundo para Miami.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.