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'Pequeno Colombo' faz brincadeira com mitos

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São Paulo – De longe – está baseado em Los Angeles -, Rodrigo Gava não cessa de lamentar o ocorrido. Sua animação As Aventuras do Pequeno Colombo, que estreou nesta quinta, 6, nasceu da imaginação de Pedro Ernesto Stil, que lhe acenou com um roteiro fantasioso e instigante. Mas Stil morreu há algumas semanas – “Pelo menos, ele viu o filme pronto e acompanhou o sucesso de suas exibições iniciais”. Neste sentido, teve mais sorte que José Wilker, um dos dubladores. “O Wilker abraçou o projeto com entusiasmo. Seu alto-astral foi contagiante durante todo o processo. Pena que não tenha visto o filme pronto.”

Se é verdade que a animação de longa-metragem continua complicada no País, tem havido muito investimento – mais, talvez, de energia que de dinheiro – no curta. No recente Cine PE, havia muitos curtas de animação nas competições nacional e pernambucana. A experiência anterior de Rodrigo foi com Cléwerson Saremba em animações ligadas a marcas – Xuxinha, o filme da Turma da Mônica. “Cléwerson e eu queríamos fazer algo original, nosso, e foi aí que surgiu o Still, com o roteiro dele.” Uma viagem pela História, com H, e ao mesmo tempo uma aventura com sereia, Atlântida, a fera Náutilus – ou seja, a imaginação é o limite.

Pequeno Colombo começou a nascer, como roteiro, em 2007/8. A animação, propriamente dita, iniciou-se quatro anos depois. Em 2016, Gava ganhou como melhor diretor no Cine PE. Ele admite a surpresa. “Não tem a ver com a qualidade. Pequeno Colombo concorria com produções em live action e é praxe que prêmios de direção sejam atribuídos a esse tipo de filme.” Mais feliz ainda ficou com a exibição de seu filme em mostras infantis de festivais no Brasil e no exterior. Gramado, Brasília e outros. “Houve sessões para 600 crianças. Você não imagina como elas curtem.”

O filme estreia agora em período de férias, concorrendo com gigantes como Meu Malvado Favorito 3. Vai depender do boca a boca. Acredite – é bom, bem-humorado. O menino Colombo convence os amigos Leonardo da Vinci e Mona Lisa (sim!) a embarcarem com ele numa grande aventura, rumo à ilha de Hi Brazil, onde há um tesouro. O filme entra em 2D, mas a água foi feita em 3D e deu trabalho. Foi o maior desafio? “O desafio foi para captar e colocar no mercado. Da parte criativa, a gente dá conta. Tivemos de cortar muita coisa no roteiro para caber no orçamento.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.