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Preta Gil tira dúvidas sobre a bolsa de ileostomia: Romper os preconceitos

Depois de ter sido diagnosticada com câncer no intestino grosso em agosto de 2022, a vida de Preta Gil virou de cabeça para baixo. A cantora focou no tratamento, passou por sessões de quimioterapia e no dia 16 de agosto de 2023 fez uma cirurgia de retira do tumor.

Desde então, ela vem compartilhando essa nova fase de sua recuperação nas redes sociais. No dia 4 de setembro, a filha de Gilberto Gil gravou um vídeo para tirar dúvidas sobre o uso da bolsa de ileostomia. Na legenda, ela escreveu:

Amores, vim responder algumas dúvidas frequentes sobre minha bolsa de ileostomia que tenho recebido nas caixinhas de perguntas. Não estou dizendo que é fácil! Sim, as dificuldades existem, mas podemos romper os preconceitos com pessoas estomizadas e normalizar o uso. Essa bolsinha salva vidas.

Já no vídeo, ela começou falando como está sendo sua relação com a bolsa:

Me sinto abençoada, porque essa bolsa salva vidas. Imagine, você está com um problema: câncer ou qualquer outro problema gastrointestinal, e aí você tem uma solução para esse seu problema, que é a bolsa de ileostomia ou de colostomia. Isso é um milagre, uma evolução muito grande da ciência, na tecnologia, da medicina. Então, me sinto abençoada em poder, durante esses três meses, fazer o uso da bolsinha para que a minha cicatriz da minha operação no reto, sare, cicatrize e eu possa, daqui um mês e meio, retirar ela.

Sobre a limpeza, ela ainda completou:

Comecei no hospital. Durante os primeiros dias, isso é comum, a gente fica numa rejeição com a bolsa, em uma relação um pouco estranha. Como eu estava no hospital e os enfermeiros estavam disponíveis para limpar, eu não mexia nela. Mas, nos últimos dias, nos últimos sete dias, eu mesma comecei a limpar, porque entendi que teria que ter alguma autonomia em casa, mesmo indo para casa com enfermeiros no primeiro dia.

Preta ainda falou um pouco sobre a cirurgia que irá realizar para retirar a bolsa:

Essa cirurgia é mais simples, mas minha recuperação no pós também é delicada e requer muita dedicação. Na minha primeira cirurgia, foi retirado meu reto, porque meu tumor era no reto. Não tenho mais o reto, então, as fezes saem do intestino direto para o esfíncter. Isso requer fisioterapia, uma dedicação minha, dos médicos, enfermeiros, técnicos, para que eu possa ter esse controle o mais rápido possível. Tanto de expulsar quanto de segurar as fezes.