
O Galpão das Paneleiras de Goiabeiras, em Vitória ganhará uma reforma com foco em turismo, cultura e sustentabilidade, através de um termo de cooperação técnica entre a Companhia de Desenvolvimento, Turismo e Inovação de Vitória (CDTIV) e a Faesa, por meio do projeto “Raízes do Galpão: História, Cultura e Reabilitação Urbana”.
O projeto pretende fortalecer a identidade cultural e ampliar o potencial turístico e econômico da região, por meio de ações integradas que envolvem estudos técnicos, oficinas participativas, revitalização urbanística e uso de novas tecnologias.
Para a presidente da Associação das Paneleiras, Berenícia Corrêa, o projeto é motivo de orgulho.
“É muito importante ver o galpão sendo cuidado e valorizado. Aqui está a nossa vida. Vamos olhar para as paneleiras, para os artesãos que estão aqui. Eu sou paneleira com muito orgulho!”, afirmou.
Entre as propostas apresentadas estão soluções arquitetônicas e paisagísticas sustentáveis, integração do galpão com o manguezal e uso de ferramentas interativas para enriquecer a experiência dos visitantes.

O Galpão das Paneleiras é um espaço de tradição, cultura e força feminina, onde atuam mulheres guerreiras que mantêm viva, há mais de quatro séculos, uma das manifestações culturais mais autênticas do Espírito Santo.”
Lorenzo Pazolini, prefeito de Vitória
Reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil desde 2002, o Galpão das Paneleiras é considerado um símbolo vivo da cultura capixaba, onde o saber tradicional das panelas de barro é transmitido de geração em geração.
Fortalecimento da cadeia produtiva artesanal
A expectativa é que a revitalização fortaleça a cadeia produtiva artesanal, aumente a atratividade turística da Capital e amplie as oportunidades de geração de renda para a comunidade de Goiabeiras.
“O projeto fortalece a integração entre cultura, turismo e desenvolvimento urbano. As paneleiras representam a essência da nossa identidade capixaba. Revitalizar esse espaço com sensibilidade, planejamento e participação da comunidade é um passo importante para ampliar o potencial turístico da região e gerar novas oportunidades econômicas, sem abrir mão da tradição que torna o galpão único”, ressaltou Marcus Gregório, diretor-presidente da CDTIV.
O termo de cooperação técnica foi assinado com o Centro Universitário Faesa na última quinta-feira (16) e prevê a revitalização do espaço e a qualificação de todo o seu entorno urbano e ambiental.
Para o reitor da Faesa, Alexandre Nunes Theodoro, a iniciativa reforça o desenvolvimento sustentável e a valorização do patrimônio cultural capixaba.
A extensão universitária é um caminho poderoso para unir conhecimento técnico, desenvolvimento social e inovação. Este projeto representa uma oportunidade única de aplicar a arquitetura a serviço da cultura e da comunidade, deixando um legado concreto e simbólico para Vitória.”
Alexandre Nunes Theodoro, reitor da Faesa
A coordenadora do projeto, professora Viviane Pimentel, destacou o caráter participativo da proposta.
“Mais do que um estudo arquitetônico, o ‘Raízes do Galpão’ é um convite à escuta e à cocriação. Pretendemos construir, junto às paneleiras e aos moradores, um novo olhar sobre o espaço, que valoriza suas origens e projeta o futuro com respeito, inclusão e pertencimento”, explicou.