Entretenimento e Cultura

Quinto 'Era do Gelo' mostra força das animações em terras brasileiras

Quinto ‘Era do Gelo’ mostra força das animações em terras brasileiras Quinto ‘Era do Gelo’ mostra força das animações em terras brasileiras Quinto ‘Era do Gelo’ mostra força das animações em terras brasileiras Quinto ‘Era do Gelo’ mostra força das animações em terras brasileiras

São Paulo – É julho, mês de férias, e as produções infantis dominam os números do mercado. Reinam as animações. No acumulado, até a semana passada – na terça, 26, sairão os novos números -, Procurando Dory totaliza 5,512 milhões de espectadores, contra 2,664 milhões, a metade, de A Era do Gelo – O Big Bang. São números superlativos, arrasadores se comparados à média da produção brasileira, e mesmo que Dory bata facilmente a saga de Mandy e seus amigos vale destacar que a animação da Pixar está há mais tempo em cartaz. A pergunta que não quer calar – Dory é melhor que o novo Era do Gelo? Nãããoooo.

Que fique logo claro que Procurando Nemo, em que Dory surgiu, é uma das grandes animações da Pixar (e do cinema). A saga da peixinha desmemoriada tem seu encanto, mas também é longa, principalmente considerando-se que é um filme de uma piada só, que se repete. O bom de Dory, o melhor, nem é a protagonista, mas o polvo, que não apenas ‘empurra’ boa parte da história como impõe as melhores soluções gráficas. A maneira como o polvo, à maneira de ‘Zelig’ – lembrem-se de Woody Allen -, se adapta aos mais diversos ambientes gera momentos engraçados. O risco, agora, é a Pixar decidir que, a exemplo de Dory, o polvo também merece um filme só dele.

Não é raro que personagens secundários se imponham nas animações. Desde o primeiro Era do Gelo, Scrat conquistou o público e, desde então, a eterna perseguição do esquilo à noz que sempre lhe escapa rende momentos deliciosos. Ao ouvir falar num quinto Era do Gelo, o público, inconscientemente, deve ter-se formulado a pergunta – o que Scrat vai aprontar agora? Ele apronta, sim, e nada menos que em um incidente de dimensões cósmicas que poderá destruir a vida na Terra. Correndo atrás da noz, Scrat vai parar em uma nave espacial que não consegue controlar. A nave bate aqui, repica ali e a consequência é que lança um meteoro em rota de colisão com a Terra.

Ó céus, Hollywood apresenta sua versão sobre o choque cósmico que acabou com todos aqueles animais antediluvianos – dinossauros, mamutes etc. Ou melhor, a versão otimista de como a tragédia foi imitada e Manny, o mamute, e seus amigos salvaram o planeta. Vamos por etapas. De cara, o espectador é informado da nova trapalhada de Scrat e aí a ação se transfere para a Terra, onde Manny vive o que já lhe parece uma tragédia.

Sua filha, Amora, vai se casar e o namorado e ela resolvem sair pelo mundo, abandonando papai e mamãe. Manny, o mamute, passa a odiar o genro, mas logo se impõe a evidência de uma tragédia maior ainda – todos vão morrer. Como evitar a colisão – o Bang?

Quem tem a ideia salvadora é Buck, a doninha caolha que surgiu no terceiro filme. E para viabilizá-la, Manny, Sid, Diego e o genro vão ter de se unir. Mike Thurmeier e Galen T. Chu, que já dirigiram o 4, voltam ao comando, e Chris Wedge, do primeiro filme – Carlos Saldanha dirigiu o 2 e 3 -, segue entre os dubladores. Uma novidade (outra) é que o solitário Sid arranja uma namorada e, na versão brasileira, ela é ninguém menos que Ingrid Guimarães. Na entrevista que deu à reportagem – sobre Entre Idas e Vindas -, Ingrid disse que adorou dublar a personagem, que é fresca e tem a cara dela, pelo menos a da Ingrid dos blockbusters de humor. Outra novidade – Ingrid levou a filha ao estúdio e Clara terminou dublando uma personagem secundária, que nem nome tem. E o importante é que Era do Gelo – O Big Bang é bem divertido, com elementos que agradam a adultos e crianças. Vai ter 6? E o que Scrat vai aprontar? A verdade é que sem o esquilo e sua noz a franquia não funciona.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.