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Rainha da MUG vai defender dois enredos sobre malandragem

Fernanda Figueredo, que é rainha de bateria da Mocidade Unida da Glória (MUG), também estará pela nona vez à frente do segundo carro do Salgueiro

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O amor ao Carnaval e o samba no pé proporcionaram a Fernanda a oportunidade de conquistar o Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro Foto: Divulgação

O malandro que tem ginga, que samba com destreza, que tem o luar e a cabrocha como inspirações, que conhece os becos e vielas da sua comunidade como a palma da sua mão. A descrição poderia muito bem descrever um sambista, mestre-sala, passista ou compositor. Mas, dessa vez, malandra é uma musa, rainha e sambista de berço.

No Carnaval de 2016, Fernanda Figueredo vai defender duas escolas que têm a malandragem em seus enredos. Pelo décimo ano consecutivo, ela será musa da Acadêmicos do Salgueiro, que desfila com o enredo “A Ópera dos Malandros”; e pelo 15º ano defenderá como rainha de bateria a Mocidade Unida da Glória (MUG), sob o enredo “Roda de Boteco: Boemia e Malandragem na cadência do samba”.

Herdeira da coroa da Mocidade Unida da Glória (MUG) – onde sua mãe, Kátia Sueli da Silva, foi a primeira rainha de bateria e atuou por mais de uma década –, Fernanda foi eleita rainha de bateria por duas vezes em concursos na escola, conquista que ela atribui ao samba no pé e ao convívio com a comunidade.

“É uma responsabilidade imensa trabalhar a malandragem não de seu aspecto negativo, mas evidenciando a importância dos malandros na história do samba. Eu, antes mesmo de nascer, já desfilava na MUG na barriga da minha mãe. Sei da importância de mostrarmos que o samba e o Carnaval têm muito valor para as comunidades e pessoas que neles atuam”, declarou.

O amor ao Carnaval e o samba no pé proporcionaram a Fernanda a oportunidade de conquistar não só o Sambão do Povo, mas também o maior Carnaval do mundo, no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro. A estreia foi no histórico desfile de 2007 do Salgueiro, Candaces. Em 2016, Fernanda desfilará, pela quarta vez seguida, à frente do segundo carro da escola.

“Vou reverenciar o malandro batuqueiro do morro do Salgueiro, como diz a letra do samba. Minha raiz é essa. Os dois desfiles, para mim, terão um tom de homenagem e gratidão a todos os malandros e cabrochas que lutaram para que, hoje, pudéssemos ter no Brasil um Carnaval imponente e que representa a nossa identidade”, concluiu.