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Referência do documentário no ES, cineasta Orlando Bonfim morre aos 80 anos

Diretor faleceu no Rio de Janeiro e tinha um trabalho constante no cenário audiovisual do Espírito Santo deste a década de 70

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Foto: Bianca Sperandio/Divulgação

O cineasta Orlando Bomfim Netto, considerado referência no documentarismo capixaba, morreu aos 80 anos na manhã desta segunda-feira (19), no Rio de Janeiro.

Ele foi vítima de pneumonia. Nascido em Minas Gerais, radicado no Espírito Santo desde os anos 80, ele residia com a família na capital carioca desde setembro do ano passado. 

“Ele veio morar conosco pois necessitava de cuidados especiais. Estava se tratando em casa mas tivemos que levá-lo ao hospital ontem, no domingo, devido à uma piora. Infelizmente, ele morreu hoje de manhã. Ainda vamos definir detalhes do velório e do sepultamento, que será mesmo no Rio”, informou a neta de Orlando, Mariana Bomfim Fontoura, bastante emocionada. 

Carreira

Orlando Bomfim foi o primeiro cineasta a registrar sistematicamente, a partir da década de 1970, aspectos da cultura do Espírito Santo em documentários que se tornaram peças importantes do patrimônio histórico e da cinematografia capixabas. Entre eles está  “Tutti, Tutti, Buona Gente, propriamente buona” (1975, cor, duração de 26 minutos), registrando o centenário da imigração italiana no Espírito Santo e sua influência na formação do Estado.

Na década de 80, ele presidiu o antigo Departamento Estadual de Cultura (que viria depois se tornar a Secretaria de Estado da Cultura) e assumiu depois a direção da TV Educativa do Espírito Santo.

Orlando sempre esteve na movimentação e militância pela cultura e pelo cinema genuinamente capixaba. Em 2000, fundou e foi o primeiro presidente da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta Metragistas do Espírito Santo. Ele dirigiu 13 filmes entre curtas e longas, entre os anos de 1975 e 2014.

Nas redes sociais, o governador do Espírito Santo lamentou o falecimento do cineasta e decretou luto oficial de três dias.