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'Show do Kibe' obtém rendimento extra de atletas

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São Paulo – O nadador profissional depila o corpo com lâmina, cera ou creme? Por que os jogadores de vôlei trocam tapinhas na bunda em plena quadra? E a promiscuidade na Vila Olímpica, é mito ou realidade? Perguntas que jornalistas esportivos normalmente não fazem são contempladas, com respostas surpreendentes, na 2.ª e 3.ª temporadas do Show do Kibe, uma desconstrução de talk-show, sob o comando de Antônio Tabet. As duas novas safras são feitas só de atletas e ex, sendo a última, só com o pessoal do futebol. A estreia está prevista para o início de agosto, no canal TBS, coincidindo com a Olimpíada.

Ambas foram gravadas em sequência, a fim de tirar melhor proveito da ingenuidade que restava nos entrevistados que não viram a 1.ª temporada. É que Kibe e Daniel Furlan, no papel de diretor, promovem todos os ruídos possíveis em torno do convidado, a quem Kibe faz várias perguntas em tom de aquecimento, como se não estivesse gravando. É pegadinha. O entrevistado pode até desconfiar, mas, quando uma escada é aberta atrás do apresentador ou uma maquiadora aparece para retocar seu make-up, ele vai se permitindo duvidar que tudo está sendo gravado e relaxa.

O jornal O Estado de S. Paulo visitou o set no dia em que ele entrevistou os campeões do vôlei Maurício Lima e André Heller. “A gente tinha essa questão: o quanto esses convidados saberiam do formato e essa surpresa se perderia, mas, realmente, são entrevistados de um universo mais distante, e a gente continua num ineditismo”, fala a diretora, Lilian Amarante. “Eles não me conhecem tão bem como os convidados da 1.ª temporada, que eram todos humoristas, muitos deles amigos meus”, confirma Tabet, o Kibe Loco, sócio e cocriador do Porta dos Fundos, que continua: “Aqui, o cara é atleta, fiquei surpreso em saber que todos eles têm sequelas por terem sido atletas de alto nível. Todos eles falam: ‘se eu pudesse voltar no tempo, não teria feito o que fiz’”. Furlan arremata: “A mensagem da temporada é ‘O esporte é prejudicial à saúde’, ‘diga não ao esporte’”, diverte-se.

Uma novidade nas temporadas esportivas é a inclusão de karaokê no encerramento, com trilha sonora à moda Wando. Maurício e Heller cantaram Fogo e Paixão – como cantores, são ótimos jogadores de vôlei. “Eles foram os melhores que passaram por aqui, até agora”, diz Kibe. Lilian intervém: “O Robson Caetano foi muito bem, vai?”.

Como o tema envolve questão física, o apresentador se submete a alguns movimentos, como uma partida de pingue-pongue com Hugo Hoyama – “é impossível rebater”, conta Furlan. Diante de Diogo Silva e Márcio Wenceslaya turma do Takwondo, Kibe se protegeu com um rolo de plástico bolha para sentir o impacto de um soco no abdômen.

Em razão da Olimpíada, a maioria dos convidados é de ex-atletas, para Kibe, uma vantagem: o fato de não estarem comprometidos com patrocinadores os mantêm mais à vontade. A lista inclui Fernando Scherer, Vanessa Menga, Leandro Cunha e Fabiane Hukuda, Clodoaldo Silva e Phelipe Rodrigues, Virna Dias, Nick Smith e Arthur Bergo, Esquiva Falcão e Lino Barros, Jacqueline Silva e Luisa Parente. No time do futebol, tem Alex, Vampeta, Neto, Túlio, Denilson, Sorin, Juca Kfouri, Rivelino, Joel Santana, José Elias, Milton Neves, Sálvio e Renata Ruel, e Zico, ídolo do flamenguista Tabet.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.