
Com novas normas decretadas na cidade de Guarapari, veículos de excursão e de turismo terão uma série de regras a serem seguidas, entre elas a proibição da entrada de alimentos, botijões e fogões no município.
Para impedir que esses itens entrem na cidade, a Prefeitura de Guarapari implantará três barreiras sanitárias para fiscalizar o cumprimento das regras. A previsão é que esses pontos sejam instalados em Porto Grande, em Village do Sol e na entrada da BR-101.
Com o decreto está proibida a entrada de mantimentos, alimentos, itens inflamáveis, utensílios domésticos ou equipamentos como fogões, botijões de gás, geladeiras, freezers, aparelhos de ar-condicionado ou equipamento que comprometa a segurança pública ou contrarie normas municipais.
Segundo o prefeito do município, Rodrigo Borges, a fiscalização será feita por autoridades como: Polícia Militar, Vigilância Sanitária e agentes de trânsito.
“Todos são bem-vindos na cidade. A medida é para preservar o comércio local e o turismo. A proibição da entrada dos alimentos acontece porque tudo é vendido dentro da cidade”, afirma o prefeito.
Estacionamento público
Outra determinação será a exigência de uma tarifa de R$ 60,79 para os veículos de excursão estacionarem em um novo estacionamento público municipal.
Já a taxa de embarque e desembarque (R$ 8,50 cada), R$ 17 ao todo, ainda não é cobrada e passará a valer após o período de transição, afirmou a prefeitura.
O veículo deixará os turistas na casa de aluguel ou ponto de hospedagem e, em seguida, seguirá obrigatoriamente para o estacionamento público. O local comportará entre 500 e mil veículos.
Em nota, o município argumentou que não existe taxa de turismo em Guarapari, pois o turista não paga para entrar e permanecer na cidade. As novas tarifas, segundo explicação da prefeitura, são exclusivas para os veículos de turismo e excursão.
A prefeitura destacou que o valor arrecadado será revertido ao município e destinado a subsidiar o transporte público, com melhorias como a ampliação da frota.
Associação reclama de valor das taxas
Segundo o presidente da Associação de Proprietários de Imóveis em Guarapari (Apiguapa), Alexandre Valim, a entidade não é contra a implementação de taxas para os ônibus de turismo, mas pede que os valores sejam revistos.
“Não temos problema nenhum em pagar taxas, desde que sejam condizentes com a realidade”, disse Valim.
Ele afirma que foi sugerido à prefeitura a implantação de ruas em que ônibus e caminhões não pudessem circular, além de pontos de embarque e desembarque para os turistas.
A ação seria voltada para viabilizar a entrada dos veículos para deixar os clientes e o retorno para o estacionamento público.