Foto: Divulgação/SECULT/CODEMGE/Mariana Borges
Foto: Divulgação/SECULT/CODEMGE/Mariana Borges

Turismo

Minas tem mar sim e eu vi! "Cruzeiro" no Lago de Furnas tem vista de tirar o fôlego

Com direito a queijos, doce de leite e um pôr do sol deslumbrante, o Folha Vitória atravessou o "Mar de Minas" a convite do governo mineiro

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“Eis diz” que Minas Gerais não tem mar. Pode até ter a melhor comida do mundo, queijo premiado internacionalmente, mas, se quiser mergulhar no azul, Guarapari costuma ser o destino. Não me entenda mal: nossos irmãos mineiros são sempre bem-vindos em terras capixabas. Mas, se para ter mar basta ter água, talvez seja hora de espantar os rumores.

Com cerca de 1.440 km² de área, o Lago de Furnas banha 34 municípios e é formado pelos rios Grande e Sapucaí. O “Mar de Minas” tem águas claras, é cercado por montanhas e guarda um pôr do sol de tirar o fôlego. À noite, o céu é tomado por estrelas.

Vista para o Rio Grande (Foto: Divulgação/SECULT/CODEMGE/Mariana Borges)

A represa começou a se formar entre 1961 e 1963, depois que o então presidente Juscelino Kubitschek decidiu construir a hidrelétrica de Furnas, entre São José da Barra e São João Batista do Glória. Para isso, foi preciso alagar a região. As obras terminaram em 1974. Na época, a usina respondia por 30% da energia produzida no Brasil; hoje, apenas 2%.

Nativos contam que JK teve a ideia durante férias no interior de Minas. Ao se deparar com a queda de uma cachoeira, vislumbrou ali o potencial da hidrelétrica. O que começou como marco no governo e resposta a uma crise energética, acabou também virando atração turística, com direito até a travessia de cruzeiro.

Usina Hidrelétrica de Furnas (Foto: Divulgação/SECULT/CODEMGE/Mariana Borges)

O projeto “Cruzeiro Mar de Minas” está na reta final e deve ser inaugurado entre outubro e novembro. O trajeto será feito de barco, com paradas nas cidades de Fama, Carmo do Rio Claro, São José da Barra e chegada em Capitólio.

Segundo Thayse de Castro, presidente do Circuito Turístico Lago de Furnas e responsável pelo Cruzeiro Mar de Minas, a ideia é oferecer pacotes de dois, três ou cinco dias, com valores entre R$ 2 mil e R$ 3,5 mil. Já existe uma lista de espera, mas ainda não há canal estruturado para reservas.

Queremos proporcionar experiências gastronômicas e culturais em todas as paradas, incluir hospedagem, alimentação, degustação de vinhos, queijos e cachaças, por exemplo

Thayse de Castro, presidente do Circuito Turístico Lago de Furnas e responsável pelo Cruzeiro Mar de Minas.

Como é navegar pelo Mar de Minas?

Travessia passa por Fama, Carmo do Rio Claro, São José da Barra e chega em Capitólio (Foto: Divulgação/SECULT/CODEMGE/Mariana Borges)

A convite do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, tive a difícil missão de representar o Folha Vitória em um passeio experimental com outros 29 jornalistas de todo o Brasil.

Saímos de Fama rumo a Capitólio em duas embarcações. Embora o projeto seja pensado para vários dias, fizemos a travessia em cerca de cinco horas. Vimos o pôr do sol no barco, comemos incontáveis tipos de queijos e doce de leite, e encerramos o passeio à noite, sob as estrelas.

Minhas dicas: leve agasalho, porque venta frio em “alto mar”; aprecie a vista e crie suas memórias. A minha envolve risadas, dividir uma canga com uma capixaba de Cariacica e nunca acreditar em palavra de marinheiro. Essa história rende até manchete sensacionalista, pensada e aprovada pela Van 2.

Veja mais fotos da viagem para o Mar de Minas

*A jornalista viajou a convite do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo.

Maeli Rhayra, editora de entretenimento do Folha Vitória
Maeli Radis

Editora de Entretenimento e Cultura

Editora de Entretenimento e Cultura do Folha Vitória. Formada em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

Editora de Entretenimento e Cultura do Folha Vitória. Formada em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).