Turismo

Morador da Serra constrói chalana para passeios turísticos na Lagoa Juara

Embarcação tem dois andares, vista panorâmica, bar para comprar bebidas e cabe 50 pessoas. Veja mais fotos

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Chalana na Lagoa Juara
Chalana "Fala Marcelo" na Lagoa Juara (Foto: Divulgação)

Turistas e moradores da Serra vão poder conhecer a Lagoa Juara, em Jacaraípe, de um novo ponto de vista. No dia 8 de março, a chalana “Fala Marcelo” será inaugurada e fará passeios turísticos no local.

A embarcação tem dois andares, vista panorâmica e cabe 50 pessoas, sendo duas vagas para cadeirantes. Além disso, conta com um bar que venderá bebidas a preços acessíveis.

A ideia é desenvolver o turismo na Lagoa Juara e fomentar a economia na Serra, afirmou Marcelo.

As viagens vão acontecer aos sábados, domingos e feriados, a partir das 10 horas. A chalana parte a cada 1h30 após esse horário.

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Marcelo Souza Silveira, responsável pela idealização, construção e dono da embarcação, tem planos de tornar a embarcação uma sala de aula, com passeios para escolas, com preços especiais.

“Assim que o negócio se consolidar, nós vamos oferecer um pacote mais barato para levar as crianças para fazer um passeio turístico, ecológico e pedagógico. Para as escolas, o valor ficará em R$ 9, tanto para os alunos quanto para os professores. Vai ser um passeio bem agradável”.

O passeio vai durar aproximadamente 1 hora, custando R$ 15 para pessoas acima de 16 anos. Crianças abaixo de 7 anos não pagam, enquanto os pequenos de 8 a 16 pagam R$ 10.

Como surgiu a ideia de fazer a chalana

Marcelo é morador de Feu Rosa e era pescador, mas as coisas se tornaram difíceis após o desastre de Mariana, que deixou 19 mortos e lançou 13 mil piscinas olímpicas de lama tóxica no Rio Doce em 2015.

Na época, ele pensou em vender o barco que usava para o trabalho, mas decidiu torná-lo uma opção de passeio na Lagoa Juara, para quatro a seis pessoas.

Com a popularidade, Marcelo percebeu a necessidade de uma embarcação maior e decidiu, em setembro do ano passado, investir na chalana.

“Eu juntei um dinheiro e resolvi construir um barco do zero. Eu mesmo fabriquei a embarcação, mas, para garantir que tudo fosse feito corretamente, contratei um engenheiro naval para nos orientar no projeto. No início, enfrentamos alguns problemas com a estabilidade do barco, mas conseguimos ajustar tudo. Tivemos que acionar alguns órgãos responsáveis para regularizar a situação, e no fim deu tudo certo”, explicou.

Capitania: pedido de liberação está em análise

A reportagem do Folha Vitória procurou a Capitania dos Portos do Espírito Santo (CPES) para falar sobre a atuação da chalana na Serra e, em nota, a instituição explicou que o processo de liberação está em análise.

“Conforme a legislação vigente, a embarcação passou por vistoria e está em fase de análise e emissão de documentos, portanto, ainda não possui Título de Inscrição de Embarcação (TIE) e não possui Cartão de Tripulação de Segurança (CTS), consequentemente, ainda não está regularizada para efetuar navegação”.

Ainda segundo a Capitania, após a emissão dos documentos e início das atividades, as orientações principais para a população que for utilizar a embarcação de transporte de passageiros são:

  • ter atenção ao uso obrigatório de coletes em crianças de colo durante todo trajeto; e
  • ter atenção à capacidade máxima de lotação descrita em uma placa em local visível da embarcação, levando em consideração que crianças e bebês também são contabilizados.
Maeli Rhayra, editora de entretenimento do Folha Vitória
Maeli Radis

Editora de Entretenimento e Cultura

Editora de Entretenimento e Cultura do Folha Vitória. Formada em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

Editora de Entretenimento e Cultura do Folha Vitória. Formada em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).