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Última capa de Cafi comprova genialidade

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O álbum de Jards Macalé, Besta Fera, tem três razões para ter uma edição, ainda que limitada, em vinil. A primeira é a qualidade das composições, a segunda a arregimentação crua que sempre é valorizada nos acetatos e, a terceira, a capa, uma obra de arte que nem precisaria de música para existir.

Cafi é seu autor. Depois de assinar mais de 260 capas de discos da MPB – Clube da Esquina 1 com os dois meninos é a mais lembrada delas, mas tem ainda Minas, Milagre dos Peixes, (Milton Nascimento); Vai Passar e Cio da Terra (Chico Buarque); e Vento Bravo (Edu Lobo) – ele fotografou Macalé em um momento magistral, captando sua silhueta ao contrário, traçando-a com um fio de luz e valorizando seus óculos. Um primor. Fez isso e logo depois morreu de enfarte, no Rio, mais precisamente na passagem do ano de 2018 para 2019, no instante em que o filho avistava uma estrela cadente no céu.

O pernambucano Carlos Filho tinha 68 anos e se destacou a partir dos anos 1970, concebendo capas também para Fagner, Sarah Vaughan, Francis Hime, Jards Macalé, Lô Borges, Blitz e Alceu Valença.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.