
Você já tentou fazer mudas de zamioculcas e achou que estava tudo certo, mas a planta simplesmente não evoluía? Isso acontece mais do que se imagina. Mesmo uma espécie resistente como a zamioculca pode frustrar jardineiros experientes se o método de propagação não for o ideal. A boa notícia? Existem quatro formas diferentes de multiplicar essa planta — e uma delas pode ser exatamente o que falta para você ter uma muda mais vigorosa, com folhas saudáveis e crescimento rápido.
Zamioculcas: o método mais eficiente começa pelo rizoma
A zamioculca é uma planta que armazena nutrientes em estruturas subterrâneas chamadas rizomas, semelhantes a batatinhas. E é exatamente por aí que você pode começar a multiplicá-la com mais eficiência. A divisão de rizomas é, disparadamente, o método mais confiável e rápido. Com uma faca limpa, separe o rizoma em partes que contenham pelo menos uma folha e um bom volume de raiz. Em poucos dias, você já nota o enraizamento firme e, em cerca de um mês, o surgimento de novas folhas — o que torna essa técnica ideal para quem tem pressa e quer uma muda forte logo de cara.
Esse método exige cuidado com a cicatrização da parte cortada. O ideal é deixar o pedaço de rizoma “secar” por 24 a 48 horas antes de plantar, evitando fungos. Utilize substrato bem drenado e mantenha o vaso em local iluminado, mas sem sol direto. Em cerca de 30 a 40 dias, a muda já estará apta a seguir sozinha, com crescimento visível.
Multiplicação por estacas de folha: o teste de paciência
Outro caminho bastante usado — porém mais demorado — é o da multiplicação por folhas. Aqui, você retira uma folha inteira da zamioculca com o pecíolo (a haste que a liga ao caule) e a enterra parcialmente no substrato. Com o tempo, essa folha forma um novo rizoma e, só então, começa a soltar raízes e folhas novas.
O ponto negativo? Esse processo pode levar até seis meses para apresentar sinais reais de crescimento. É um método interessante para quem não tem pressa, gosta de observar o desenvolvimento da planta e deseja economizar espaço. Para aumentar a taxa de sucesso, é importante manter a umidade constante e o vaso em ambiente protegido.
Folhas na água: visual bonito, mas resultado lento
Uma alternativa charmosa e até decorativa é colocar folhas de zamioculca na água. Visualmente, o processo encanta: dá para acompanhar o surgimento das raízes com transparência e estilo. No entanto, esse método é um dos mais lentos e delicados. As folhas precisam estar em ambiente limpo, a água deve ser trocada regularmente e, ainda assim, o desenvolvimento dos rizomas pode demorar muitos meses.
Mesmo que as raízes surjam, nem sempre o transplante para o substrato é bem-sucedido. Por isso, essa técnica é mais indicada para quem tem afinidade com a jardinagem experimental ou quer enfeitar a casa enquanto torce por uma nova planta.
Multiplicação por divisão de touceira: prática e direta
Se você tem uma zamioculca grande e quer multiplicá-la de forma rápida e prática, a divisão de touceira pode ser a solução. Ao replantar a planta-mãe, aproveite para separar o conjunto de folhas e rizomas em blocos menores, mantendo ao menos duas hastes por grupo. Isso garante que a nova muda tenha força suficiente para continuar crescendo com vigor.
Essa técnica, além de rápida, é excelente para rejuvenescer a planta-mãe, já que ela tende a concentrar energia nos novos brotos. E o melhor: como já há raiz e estrutura formadas, a adaptação ao novo vaso é muito mais fácil.
Comparativo final: qual método vale mais a pena para você?
Cada método tem sua vantagem, e o ideal é escolher com base na sua expectativa. Quer velocidade e segurança? Vá de divisão de rizomas ou touceiras. Prefere acompanhar o processo desde o início e não se importa com o tempo? Teste as folhas na água ou no substrato. Jardineiros mais experientes podem até experimentar todos os métodos simultaneamente e observar qual tem o melhor desempenho em seu ambiente específico.
O segredo, no fim das contas, é conhecer bem o comportamento da zamioculca e respeitar seus tempos. Mesmo em métodos mais lentos, o resultado pode surpreender pela beleza e força das novas mudas.
Erros comuns que comprometem o enraizamento
Um erro recorrente entre iniciantes é o uso de substrato inadequado — muito compactado ou encharcado. A zamioculca precisa de boa drenagem e ambientes protegidos do sol direto, especialmente durante a fase de adaptação da muda. Outro deslize comum é o excesso de rega, principalmente nos métodos que envolvem folhas. Nessa fase, o enraizamento ocorre com mais eficiência se o substrato estiver úmido, mas nunca molhado.
Evitar esses equívocos já aumenta consideravelmente suas chances de sucesso, independentemente do método escolhido.
Por que vale a pena multiplicar zamioculcas em casa
Além de ser econômica, a multiplicação de zamioculcas tem um apelo emocional forte: acompanhar o crescimento de uma planta gerada por você traz uma sensação única de realização. E como se não bastasse, a zamioculca é resistente, elegante e se adapta bem a ambientes internos, sendo perfeita para quem quer verde em casa sem ter muito trabalho.
Ter várias mudas também permite presentear pessoas queridas com uma planta que simboliza resistência, beleza e renovação. Não à toa, ela é considerada um amuleto de prosperidade em muitas culturas.