Economia

Abiec espera retomada de importação de carne bovina pela Arábia Saudita

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Colônia – A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) espera que o mês de novembro seja marcado pela reabertura do mercado da Arábia Saudita, fechado desde 2012 para a carne bovina. Também no próximo mês, o Brasil receberá a visita de uma missão sanitária dos Estados Unidos, tratada como um dos últimos passos para início da importação de carne bovina in natura pelo mercado norte-americano.

A entidade espera que os dois mercados tragam como resultados o aumento das exportações brasileiras em 2016, após um recuo acumulado este ano em torno de 20% no faturamento e de 15% no volume negociado pelas companhias brasileiras. Segundo o presidente da Abiec, Antônio Jorge Camardelli, uma missão brasileira liderada pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu, irá à Arábia Saudita na primeira semana de novembro para a assinatura da proposta de protocolo sanitário com aquele país.

“Tenho convicção de que a abertura total seja na segunda semana de novembro”, disse ele durante a Anuga, maior feira mundial de alimentos e bebidas, em Colônia (Alemanha). A expectativa é que o mercado saudita demande 40 mil toneladas de carne por ano, principalmente de cortes do traseiro bovino.

Já a missão norte-americana deve chegar ao Brasil em 9 de novembro e finalizar os últimos detalhes de um processo de equivalência da inspeção sanitária entre os dois países. Com a liberação das exportações, o Brasil terá uma cota anual de 65 mil toneladas e os cortes principais devem ser de carne bovina do dianteiro para a produção de hambúrgueres.

“Isso nos interessa muito, porque o mercado brasileiro exporta mais traseiro e o mercado americano seria uma alternativa para equilibrar as vendas”, afirmou o diretor executivo da Abiec, Fernando Sampaio. “A expectativa é de vendermos mais que as 65 mil toneladas por ano, mesmo com a tarifa de 25% acima da cota. Na Europa a tarifa é mais que o dobro e ainda assim conseguimos exportar”, completou.

Além dos dois países, o Brasil caminha para flexibilizar a rígida regra de rastreabilidade para a exportação de carne bovina à União Europeia (UE), segundo Sampaio. Uma missão sanitária com técnicos da UE deve visitar o País em fevereiro de 2016, mas o governo e as companhias brasileiras já negociam a mudança nas regras de rastreabilidade para reduzir exigências, como a venda de carne proveniente de animais alimentados 100% a pasto.

Churrasco

Entre os mais movimentados em Anuga, o estande brasileiro do setor de carnes ofereceu ontem (10) aos visitantes e clientes 300 quilos de churrasco e 700 caipirinhas, segundo os organizadores. Amanhã, acontecerá o “Angus Day”, quando será servida apenas carne grelhada proveniente de gado da raça angus.

O evento marca ainda o início das exportações de carne angus para a Europa, este mês, após 12 anos de trabalho. A carne premium custa 20% mais e disputará o mercado europeu com os vizinhos Argentina e Uruguai.