Economia

Abimaq prevê crescimento em 2018, apesar de recuperação fraca no 1º bimestre

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Apesar do modesto crescimento registrado no primeiro bimestre, quando as exportações ajudaram a neutralizar o desempenho ainda negativo das vendas domésticas, a direção da Abimaq, entidade que representa a indústria nacional de máquinas e equipamentos, reforçou a expectativa de reação do setor após cinco anos seguidos de perdas no faturamento.

“Já estamos sentindo a retomada, até porque as máquinas precisam ser repostas”, comentou o presidente do conselho de administração da Abimaq, João Carlos Marchesan, durante a apresentação à imprensa dos resultados apurados por essa indústria em fevereiro. O executivo disse que a tendência é de um aumento entre 5% e 8% das vendas, incluindo as exportações, dos bens de capital mecânicos produzidos no Brasil.

Nos dois primeiros meses do ano, o avanço, de apenas 1,1% no comparativo interanual, ficou aquém dessa previsão e o desempenho só não ficou em terreno negativo porque as exportações subiram 58,7%, compensando a queda de 31% das vendas no mercado interno.

Durante a coletiva, a Abimaq comemorou que as vendas ao exterior voltaram ao patamar dos melhores anos de exportação do setor – 2010 e 2011 -, ainda que a taxa de câmbio esteja em nível considerado não competitivo aos produtos brasileiros.

Mercados da América Latina, com 34,8% do total, seguidos por Estados Unidos (24,2%) e Europa (19,4%), são os principais destinos das exportações brasileiras de máquinas e equipamentos, cuja alta é reflexo de um mercado internacional aquecido e do esforço dos fabricantes em buscar clientes no exterior para compensar a retração dos investimentos no mercado brasileiro.

Marchesan reclamou na entrevista a jornalistas da falta de repasse aos tomadores de empréstimos dos cortes feitos na taxa básica de juros (Selic). Também disse que as novas taxas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – com a adoção da Taxa de Longo Prazo (TLP), que cortou subsídios do Tesouro – vêm inibindo investimentos por estarem acima das taxas de retorno dos negócios. “O custo de financiamento dos negócios subiu. A TLP está acima do retorno dos negócios. Se o retorno é menor, eu não vou investir”, afirmou o presidente da Abimaq.