Economia

Abradee diz que distribuidoras podem antecipar pagamento

Abradee diz que distribuidoras podem antecipar pagamento Abradee diz que distribuidoras podem antecipar pagamento Abradee diz que distribuidoras podem antecipar pagamento Abradee diz que distribuidoras podem antecipar pagamento

Brasília – O presidente da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite, disse nesta terça-feira, 29, que o novo adiamento do remanescente da liquidação de maio para até 28 de agosto já era aguardado, mas disse esperar que o saldo seja quitado antes disso. Segundo ele, o novo contrato de empréstimo que está sendo negociado pelo governo para o setor deve ser fechado até o dia 7 do próximo mês, a tempo da liquidação referente a julho e com espaço para pagamento dos valores que sobraram de maio. “O adiamento era esperado porque existe um prazo para que os contratos com os bancos sejam finalizados e assinados. O adiamento pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é até o dia 28, mas, naturalmente, o pagamento pode acontecer antes”, disse o executivo ao chegar ao Ministério de Minas e Energia.

Leite se reúne, na manhã desta terça-feira, 29, com o ministro interino da pasta, Márcio Zimmermann sobre a questão do risco hidrológico. A Abradee espera conseguir do governo uma ajuda para cobrir os gastos referentes à incapacidade de usinas gerarem o equivalente a, pelo menos, 95% de suas garantias físicas. Após o pacote de renovação das concessões, esse risco hidrológico passou a ser dividido entre geradores e consumidores, porém esse custo é pago pelas distribuidoras até os seus reajustes tarifários. Ao contrário das despesas com a exposição ao mercado de curto prazo e o gasto com usinas térmicas, os custos com o risco hidrológicos não podem ser pagos com recursos dos empréstimos viabilizados pelo governo.

Mais cedo, a Aneel aprovou a nova data de pagamento da energia no mercado de curto prazo pelas distribuidoras. Segundo a decisão, a liquidação poderá ocorrer até 28 de agosto. A data original, 10 e 11 de julho, havia sido adiada para esta quinta-feira, 31, mas o governo não conseguiu finalizar todos os detalhes do financiamento com o consórcio de bancos, cujos recursos serão usados para cobrir esse gasto. As despesas-alvo do adiamento totalizam R$ 1,322 bilhão.