Economia

Aeroportos regionais não resolvem problema de infraestrutura no Estado, diz bancada

Deputados capixabas analisam a possibilidade de investimento nos aeroportos regionais e afirmam que o Espírito Santo permaneceria com problemas de infraestrutura para o desenvolvimento

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Aeroportos regionais não resolvem problema de infraestrutura no Estado, diz bancada
Novela do Aeroporto de Vitória continua. Desta vez, o secretário do Tesouro Nacional foi quem deu a má notícia Foto: ​TV Vitória

Embora a Secretaria Nacional de Aviação Civil tenha um projeto de investimentos em quatro aeroportos regionais no Espírito Santo, a prioridade para o desenvolvimento econômico é a retomada das obras do Aeroporto Eurico Salles. A análise foi feita nesta quinta-feira (19) por parlamentares que participaram da reunião da bancada capixaba com o ministro Eliseu Padilha.

Pelo Programa de Aviação Regional, a Secretaria Nacional de Aviação Civil irá investir R$ 7,3 bilhões em 270 aeroportos regionais espalhados pelo País. 

A previsão de investimento nos aeroportos de São Mateus, Colatina, Linhares e Cachoeiro de Itapemirim não atenderá a demanda de desenvolvimento do Espírito Santo, segundo análise de parlamentares capixabas.

“O investimento nesses aeroportos é apenas ‘perfumaria’. Não contemplaria a demanda de infraestrutura do Estado. Economistas analisam a situação econômica do país e dizem: ‘feliz 2017! Porque 2015 e 2016 são anos perdidos’. Este é o panorama”, alertou o deputado Max Filho.

Da mesma forma, o deputado Sérgio Vidigal (PDT) não tem boas expectativas em relação aos aeroportos regionais. “Discutir sobre aeroportos regionais é um equívoco. Sugeri um aeroporto de cargas que precisaria de um investimento em torno de R$ 400 milhões para ser concluído. Um valor abaixo do que necessita para a conclusão do Aeroporto de Vitória, que é de R$ 600 milhões. E ainda existe a possibilidade de realizar Parceria Público Privada”, disse o parlamentar.

A informação de que a Infraero terá zero de investimento foi dada pelo secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Barbosa Saintive. “O ministro Padilha transmitiu o diálogo entre o presidente do Conselho de Administração da Infraero e do secretário do Tesouro Nacional comunicando que o volume de recursos para investimento em 2015 é zero. Transmitiu de viva voz. O ministro Padilha nos disse que vai trabalhar a possibilidade de incluir o Espírito Santo no pacote de privatizações, junto com Porto Alegre, Florianópolis e Salvador. Disse que tentaria incluir Vitória e Fortaleza”, relatou o deputado Max Filho.

Na opinião de Vidigal, debater sobre a privatização do aeroporto não vai ser proveitoso. “Não sou contra a concessão, mas o Eurico Salles não vai interessar. Imagine. Vão ter que investir R$ 600 milhões para terminar. Ao mesmo tempo tem aeroportos que receberam obras para a Copa, como foi o caso de Salvador. Ficará mais fácil achar quem queira o aeroporto de lá. É preciso que se busque primeiro a conclusão do Eurico Salles. Depois que concluírem as obras que se faça a concessão. Um bom exemplo é o da concessão da BR-101, que tem um tráfego que interessou a concessionário. Já a BR-262, ninguém quis”, exemplificou Vidigal.

Na reunião da bancada capixaba com o ministro Eliseu Padilha, realizada na última quarta-feira (18), um dia depois da aprovação da peça orçamentária da União, a senadora Rose de Freitas (PMDB) entregou um documento com a assinaturas dos deputados Sérgio Vidigal (PDT); Helder Salomão (PT); Jorge Silva (Pros); Max Filho (PSDB); Paulo Foletto (PSB); e Marcus Vicente (PP). 

No documento, a bancada reivindicou a ordem de serviço para reiniciar as obras do Aeroporto de Vitória.