Maio 2022
17
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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porStefany Sampaio

Entenda os fatores que contribuíram para o disparo dos preços no Brasil

Os fatores climáticos, principalmente com o fenômeno La Niña, impactaram na produção global nos últimos dois anos. No Brasil, estiagem, geadas e as chuvas em excesso acabaram prejudicando o setor agropecuário em 2021 e provocaram, por exemplo, duas quebras de safra de milho na Região Sul do país.

Outro ponto é a população mundial, que deve alcançar 9,6 bilhões em 2050, conforme projeções estimadas pela ONU. Esse aumento populacional deve garantir uma alta da demanda por alimentos a longo prazo, o que contribui para pressionar os preços dos commodities. Com o mercado global valorizado e o câmbio desfavorável, os produtores também tendem a exportar mais.

Já a cadeia de insumos que já vinha fragilizada antes da pandemia teve sua estabilidade rompida com a crise sanitária. Além disso, os conflitos geopolíticos que envolvem os maiores produtores de fertilizantes do mundo, como Belarus, China e a guerra Rússia x Ucrânia – que ligaram os alertas do mundo também com o trigo e o gás natural – atingiram o mercado mundial agrícola. Com muita demanda e uma produção afetada, os preços são sujeitos a subirem.

Com esses fatores, os custos das commodities agrícolas no Brasil atingiram recordes nos primeiros meses de 2022 e contribuíram para os índices de inflação.

Preços salgados para os consumidores brasileiros

Os alimentos foram maioria entre os 50 itens que mais subiram em 12 meses, até abril. 17 dos 20 primeiros colocados  são ou têm origem de produção rural. A cenoura, o tomate e a abobrinha são os líderes no ranking dos itens que mais inflacionaram, de acordo com os dados do IPCA, com 172,08%, 103,26% e 102,99%, respectivamente.

E é claro, esse é um movimento que vem ocorrendo com frequência em todo o mundo, diante das crises sanitárias, econômicas e de tensões vividas entre países nos últimos anos que influenciaram de forma bastante dura na economia global.

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