Fev 2024
6
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Fev 2024
6
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Abic registrou crescimento de 61% no número de produtos certificados

Em muitos países ao redor do mundo, o consumo de cafés especiais está aumentando em um ritmo acelerado. No Brasil, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), o consumo de café cresceu 1,64%, consolidando o país como o principal consumidor dos cafés nacionais.

Em 2023, a ABIC registrou um aumento de 61% no número de produtos certificados no Programa de Qualidade do Café (PQC), totalizando 2.937 produtos. As categorias são: Tradicional (37%), Extraforte (20%), Superior (16%), Gourmet (24%), Especial (0,01%) – certificação lançada em outubro de 2023 -, Cápsula (3%) e Cafés Sustentáveis (4%).

O PQC, criado em 2004, certifica a qualidade do café por meio de análise sensorial, classificando-o em Gourmet, Superior, Tradicional e Extraforte. Além de certificar o produto, a metodologia avalia boas práticas de fabricação, garantindo consistência em todo o processo de industrialização.

O crescimento dos produtos certificados é atribuído à Portaria SDA 570 e aos esforços da ABIC na conscientização da indústria. Em vigor desde 2023, a portaria estabelece novos padrões para o café torrado no Brasil, compartilhando a responsabilidade pela venda de produtos fora dos padrões entre industrializadores e varejo. A fiscalização federal agropecuária atua de forma solidária, incluindo hipermercados e supermercados como co-responsáveis nos casos em que o produto não atender aos padrões estabelecidos na legislação vigente.

A crescente preocupação dos consumidores com a sustentabilidade ambiental na cafeicultura reflete-se na busca por produtos sustentáveis. O processo de plantio, manejo, colheita, armazenamento e torrefação na cafeicultura sustentável atende às exigências do mercado, destacando a importância do cuidado ambiental.

A nova geração de empresários millennials, segundo pesquisa do World Coffee Portal (WCP), busca mais do que uma simples experiência ao beber café. Surgem conceitos como agricultura regenerativa e sequestro de carbono na cafeicultura, acompanhados de exigências como certificação e rastreabilidade para proporcionar transparência à produção.

A valorização da rastreabilidade e transparência impulsiona o consumo de cafés especiais, refletindo o interesse crescente em conhecer a origem dos grãos e o processo de produção. O projeto “Digitalização das Indicações Geográficas (IG) de Café”, desenvolvido pelo Sebrae, ABDI e Instituto CNA, visa fortalecer o mercado, promovendo controle e rastreabilidade das regiões produtoras, potencializando referências de qualidade e origem dos grãos no Brasil.

Veja também

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

Pular para a barra de ferramentas