Fev 2024
26
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Fev 2024
26
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

 

Clima mais chuvoso tem favorecido a realização dos tratos culturais da safra 2024/25

As altas temperaturas registradas no Espírito Santo em novembro e dezembro de 2023 afetaram principalmente a produção de café conilon no norte e noroeste do estado. Na época, diversas regiões produtoras de café registraram alerta vermelho de onda de calor, com temperaturas 5°C acima do esperado. Desta forma, as altas temperaturas resultaram em uma estimativa de quebra de safra de conilon de 20%.

Segundo especialistas, as chuvas regulares durante o mês de fevereiro favoreceram os agricultores na realização dos tratos culturais nas lavouras de café das lavouras de café conilon e arábica no Espírito Santo. Segundo o coordenador de Cafeicultura do Incaper, Fabiano Tristão, as condições climáticas favoráveis têm contribuído para o desenvolvimento das plantações.

“Na produção de conilon, os efeitos do El Niño no final de 2023 resultaram em irregularidades nas chuvas, exacerbando as dificuldades enfrentadas pelos agricultores. Prevê-se uma redução de 20% na safra. No entanto, a partir de dezembro, as condições climáticas começaram a se normalizar, com chuvas regulares e temperaturas dentro da média, favorecendo a expansão e granação dos frutos”, explicou Tristão.

Apesar dos desafios enfrentados devido ao clima, as projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam para um aumento significativo na produção de café no estado para a safra 2024/25. Estima-se um crescimento de 15,4%, totalizando 15,01 milhões de sacas. Esse aumento é impulsionado por um acréscimo de 9% na produção de conilon, alcançando 11 milhões de sacas, e um aumento de 38,2% na produção de arábica, com 3,9 milhões de sacas previstas.

Apesar das perspectivas positivas, os produtores capixabas expressam preocupações devido aos danos causados pelas altas temperaturas e períodos de estiagem. Tristão explica que apesar dos desafios, o ano é marcado por uma bienalidade positiva, com um aumento na colheita.

No entanto, preocupações surgem com o aparecimento de doenças, como a cochonilha da roseta, possivelmente influenciada pelas temperaturas anormalmente altas.

“Ainda é incerto se esse surgimento será sazonal ou persistirá no futuro, mas os produtores estão implementando medidas de manejo para lidar com essa ameaça”, concluiu o coordenador de Cafeicultura do Incaper.

Veja também

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

Pular para a barra de ferramentas