Abr 2024
21
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Exportações do agro no ES já alcançaram R$ 3,48 bilhões

As maiores variações positivas no valor comercializado foram para carne bovina (+2.213%), café cru em grãos (+184,4%), álcool etílico (+122,7%), mamão (+41,3%) chocolates e preparados com cacau (+21,3%), celulose (+20,4%), café solúvel (+12,2%), gengibre (+4,8%) e pimenta-do-reino (+1,7%). Porém, foi observada uma queda em divisas geradas na carne de frango (-48%) e nos pescados (-30%).

Em relação ao volume comercializado, houve variações positivas carne bovina (+2.740%), café cru em grãos (+201%), álcool etílico (+122,4%), mamão (+46%), café solúvel (+15,4%) e chocolates e preparados com cacau (+7,7%). Por outro lado, foi registrada queda na quantidade exportada de carne de frango (-50,3%), peixes (-36,1%), gengibre (-35,3%), pimenta-do-reino (-19,2%) e celulose (-2,4%).

Os três principais produtos da pauta das exportações do agronegócio capixaba – complexo cafeeiro, celulose e pimenta-do-reino – representaram 95% do valor total comercializado de janeiro a março de 2024.

O café liderou a lista de produtos que mais foram embarcados no Espírito Santo no primeiro trimestre de 2024. O grão gerou cerca de US$ 341.405.827, cerca de 149% a mais do que no mesmo período de 2023. Dados do Centro de Comércio do Café de Vitória (CCCV) revelam que, ao longo do primeiro trimestre, foram exportadas 1,9 milhão de sacas de café, sendo 1,7 milhão de sacas de conilon, 140 mil sacas de arábica e 129 mil de solúvel.

O aumento nas exportações de café é atribuído a diversos fatores, incluindo a crescente demanda pelo conilon brasileiro no mercado internacional. Desde novembro, os embarques por Vitória vem batendo sucessivos recordes devido à crise de produção de principais concorrentes, como Vietnã e Indonésia, bem como desafios logísticos decorrentes de conflitos geopolíticos.

Esses eventos desencadearam uma demanda significativa, prontamente atendida pelos exportadores capixabas, resultando em preços históricos para o café conilon do Espírito Santo, que superaram pela primeira vez a marca de R$ 1.000 por saca de 60 kg em abril.

Além do café, outros produtos também registraram aumentos em suas receitas de exportação. De janeiro a março deste ano, dez produtos se destacaram em geração de divisas. O complexo cafeeiro ficou em primeiro lugar com US$ 341,4 milhões (52,7%), seguido por celulose com US$ 775,5 milhões (36,3%), pimenta-do-reino com US$ 35,5 milhões (5,5%), carne bovina com US$ 7,6 milhões (1,2%), mamão com US$ 6,2 milhões (0,95%), chocolates e preparados com cacau com US$ 4,1 milhões (0,64%), álcool etílico com US$ 3,8 milhões (0,59%), gengibre com US$ 2,9 milhões (0,46%), peixes com US$ 1,4 milhão (0,21%) e carne de frango com US$ 1,2 milhão (0,18%). O conjunto de outros diversos produtos do agronegócio somou US$ 6,6 milhões (1,02%).

Neste primeiro trimestre o Espírito Santo também foi estado maior exportador brasileiro de pimenta-do-reino, gengibre e mamão, com participação em relação ao total nacional de 57%, 59% e 42%, respectivamente. Além disso, superou o Estado de São Paulo na comercialização do complexo cafeeiro, envolvendo café cru em grãos, solúvel e torrado/moído, conquistando a segunda posição no ranking nacional das exportações totais de café e derivados.

No primeiro trimestre de 2024, o cacau registrou um movimento financeiro de US$ 4.128.518, refletindo um aumento de 21,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando atingiu US$ 3.402.546. Esse aumento significativo é atribuído a um aumento acentuado nos preços do cacau, que foram impulsionados por uma crise de oferta..

Essa crise de oferta levou a uma rápida escalada nos preços do cacau, com a cotação subindo de US$ 3.079,00 por tonelada em 19 de abril do ano anterior na bolsa de Nova York para US$ 11.461,00 por tonelada.

Os dados do Ministério da Agricultura apontaram que o açúcar, por exemplo, viu um crescimento de 1.351% no primeiro trimestre de 2024, alcançando US$ 25.088.106. No entanto, de acordo com a Seag, existe uma inconsistência nos dados de exportações do agronegócio do Espírito Santo referentes aos meses de fevereiro e março de 2024, especificamente relacionada ao produto “Açúcar de cana”.

“De acordo com os registros disponíveis, constatamos que houve uma notável disparidade entre os valores e volumes de exportação do referido produto nos mencionados meses em comparação com dados históricos e informações fornecidas pelas indústrias sucroalcooleiras do estado. Os valores registrados, sendo US$ 10,2 milhões em fevereiro e US$ 11,1 milhões em março, juntamente com os volumes de 19,8 toneladas e 21,6 toneladas, respectivamente, destoam significativamente das médias históricas de exportação do produto pelo estado, principalmente considerando que esses dados são referentes apenas ao primeiro trimestre de 2024”, explicou em nota.

“Após consultas realizadas junto às indústrias sucroalcooleiras e ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, levantou-se a suspeita de que tais números possam ter sido inflados devido a possíveis erros no lançamento de notas fiscais ou ações de empresas de trading que atuam no Espírito Santo. Portanto, os dados de açúcar fora da curva foram desconsiderados nas nossas análises. A Seag está em contato com as entidades responsáveis para sanar a inconsistência”.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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