Economia

AGU discutirá procedimentos no âmbito de MP para criar regulação mais eficiente

A MP institui a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica, estabelece garantias de livre mercado, análise de impacto regulatório, e dá outras providências

AGU discutirá procedimentos no âmbito de MP para criar regulação mais eficiente AGU discutirá procedimentos no âmbito de MP para criar regulação mais eficiente AGU discutirá procedimentos no âmbito de MP para criar regulação mais eficiente AGU discutirá procedimentos no âmbito de MP para criar regulação mais eficiente
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O advogado-geral da União, André Luiz de Almeida Mendonça, disse nesta segunda-feira, 17, que deve propor uma discussão de procedimentos básicos no âmbito da Advocacia Geral da União (AGU) para que seja feita uma regulação séria e eficiente no País, que é o que propõe, de acordo com ele, a Medida Provisória 881/2019.

A MP institui a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica, estabelece garantias de livre mercado, análise de impacto regulatório, e dá outras providências.

Mendonça fez a afirmação durante a abertura do “Fórum sobre a MP 881/2019- Liberdade Econômica”, que a Escola da AGU e a Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) realizam nesta segunda-feira na sede da federação, em São Paulo.

De acordo com o advogado-geral da União, a MP 881 chega justamente para modernizar a relação entre Estado e iniciativa privada e simplificar os procedimentos regulatórios, que por ora travam o processo de crescimento da economia. “Um dos aspectos da MP é que ela parte do princípio de que a iniciativa privada é o grande ator da economia e que cabe ao Estado um papel suplementar, quando não supletivo, em relação à iniciativa privada”, observou o advogado-geral.

Para ele, o Estado tem que fomentar a economia e não intervir, tem que promover e não engessá-la. “É nessa perspectiva, por exemplo, que se fala na medida simples do reconhecimento da validade do documento digitalizado”, disse Mendonça.

De acordo com ele, em pleno século 21, vive-se no Brasil uma realidade cartorial de séculos da idade média. “O mesmo carimbo vale para tudo. A mesma rubrica serve para se reconhecer um documento e nós precisamos avançar. Precisamos sair de uma realidade de origem ibérica e partimos para uma realidade mais anglo-saxã”, disse.

O advogado-geral da União lembrou que os indicadores brasileiros relativos à qualidade regulatória, segundo o Banco Mundial, são preocupantes. “Para se ter ideia, o Brasil numa lista de 214 países é avaliado como o que mais retrocedeu no quesito governança pública de 2011 a 2017. Só não retrocedeu mais que Síria e Sri Lanka nos critérios de governança pública”, observou Mendonça.

Para ele, no âmbito da América Latina o Brasil está muito aquém de países como Chile e Uruguai. “Se fizermos um histórico brasileiro desses anos, infelizmente vamos ver países como Paraguai que avançaram e se aproximaram do Brasil. Hoje estamos mais próximos do Paraguai do que estávamos do Chile, o que demonstra do eu precisamos fazer muito disse, acrescentando que o Brasil precisa de uma regulação da iniciativa privada mais racional, mais capaz de promover com regularização do que engessar através da regularização.

“Se houver atos contrários ao direito, é preciso aplicarmos com celeridade as sanções e as restrições, disse, acrescentando que a MP prevê que o setor público parta da boa fé e não da desconfiança em relação ao setor privado.