Economia

Alckmin chega ao Congresso para se reunir com presidente da CMO

Alckmin chega ao Congresso para se reunir com presidente da CMO Alckmin chega ao Congresso para se reunir com presidente da CMO Alckmin chega ao Congresso para se reunir com presidente da CMO Alckmin chega ao Congresso para se reunir com presidente da CMO

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin chegou há pouco ao Congresso para se reunir com o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Celso Sabino (União Brasil-PA). O relator-geral do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), e o senador eleito Wellington Dias (PT-PI) também vão participar da conversa.

O foco do encontro será a PEC da transição, negociada pela equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para deixar promessas de campanha fora do teto de gastos – a regra que limita o crescimento das despesas do governo à variação da inflação.

Antes de se dirigir ao Congresso, Alckmin se reuniu com os presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nas residências oficiais de ambos.

Como mostrou o Broadcast mais cedo, há duas propostas de PEC sendo discutidas que devem ser apresentadas a Lula. O primeiro modelo retira do teto de gastos – a regra que limita o crescimento das despesas do governo à inflação do ano anterior – toda a despesa do Auxílio Brasil no ano que vem – cerca de R$ 105 bilhões, mais R$ 70 bilhões para garantir o valor de R$ 600 do benefício e R$ 150 para crianças com menos de 6 anos.

Isso não só garantiria o orçamento para o programa, que voltará a ser chamado de Bolsa Família, como liberaria R$ 105 bilhões para outras despesas. Segundo técnicos que acompanham as discussões, esse modelo – apelidado de “PEC fácil” – é considerado de tramitação mais simples, porque ficaria definido exatamente o espaço do “waiver” a ser concedido para o novo governo.

Já o outro modelo, que foi chamado de “PEC Transparente”, direcionaria valores exatos para política que o novo governo deve recompor ou turbinar. Além dos R$ 70 bilhões para manter o programa de renda, essa opção traria os adicionais previstos para cada área, como cerca de R$ 15 bilhões para a Saúde, recursos carimbados para obras e o montante para possibilitar o aumento real de 1,3% ou 1,4% no salário mínimo. Críticos a esse modelo dizem que ele poderia deixar a “porteira aberta”, ou seja, abrir espaço para a inclusão de novos gastos durante a tramitação do texto.