Economia

Alimentos puxaram alta do IPCA em março, diz IBGE

Alimentos puxaram alta do IPCA em março, diz IBGE Alimentos puxaram alta do IPCA em março, diz IBGE Alimentos puxaram alta do IPCA em março, diz IBGE Alimentos puxaram alta do IPCA em março, diz IBGE

Rio e São Paulo – O salto nos preços dos alimentos foi responsável por mais da metade da taxa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em março. O grupo Alimentação e Bebidas registrou um aumento de 1,92%, o equivalente a uma contribuição de 0,47 ponto porcentual ou 51% da variação de 0,92% do IPCA no mês, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A estiagem prejudicou as lavouras, impulsionando o preço de produtos importantes na cesta básica do consumidor. O tomate ficou 32,85% mais caro no mês. A batata inglesa subiu 35,05%, o feijão carioca aumentou 11,81% e hortaliças e verduras tiveram elevação de 9,36%. Em fevereiro, o grupo Alimentação e bebidas havia registrado alta de 0,56%.

A inflação medida pelo IPCA em março, com alta de 0,92%, foi a maior registrada para o mês desde 2003, quando a variação ficou em 1,23%. Em março de 2013, o IPCA ficou em 0,47%. Como resultado, a taxa acumulada em 12 meses acelerou de 5,68% em fevereiro para 6,15% em março, aproximando-se mais do teto da meta estipulada pelo governo, de 6,5%.

A média dos núcleos do IPCA desacelerou entre fevereiro e março, na contramão do indicador cheio apurado pelo IBGE, mostram cálculos enviados ao Broadcast, serviço de informações da Agência Estado, pela CM capital Markets.

De acordo com a CM Capital, a média dos núcleos atingiu 0,58%, depois de uma alta de 0,67%. A taxa veio exatamente como indicava a mediana da pesquisa do AE Projeções, cujo intervalo das expectativas ia de 0,52% a 0,65%.

Na abertura dos núcleos, o IPCA-EX, núcleo que exclui do cálculo geral os preços de alimentos com comportamentos mais voláteis e combustíveis, a CM Capital informou que também houve desaceleração. A taxa passou de 0,79% em fevereiro para 0,58%. O número veio um pouco abaixo da mediana do levantamento, de 0,59%, (previsões de 0,53% a 0,65%).

O IPCA-DP (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – Dupla Ponderação), foi outro a apresentar alívio entre fevereiro e março, ao passar de 0,69% para 0,59%. O resultado ficou acima da mediana das estimativas, de 0,56%, e que foi obtida das previsões que eram de 0,52% a 0,65%.

Já o IPCA-MS, que é o tradicional núcleo de médias aparadas com suavização, acelerou, conforme a CM capital. A variação foi de 0,59% no terceiro mês do ano, depois de 0,51% em fevereiro. Neste caso também o número informado veio maior que a mediana, de 0,53% (estimativas de 0,48% a 0,60%).

As medidas de núcleos do IPCA são tradicionalmente calculadas pelas instituições do mercado financeiro logo que o IBGE divulga o indicador, uma vez que são acompanhadas de perto pelo Banco Central, que tem como um dos seus principais objetivos o cumprimento das metas de inflação. Os resultados encontrados podem variar ligeiramente de instituição para instituição, mas sempre indicam o caminho que os núcleos estão tomando, auxiliando o mercado e o próprio BC no monitoramento da inflação.