Economia

Alta da arrecadação em 2019 deve ser nos níveis do fim de 2018, diz Receita

O recolhimento de impostos e contribuições federais somou R$ 1,457 trilhão no ano passado, o melhor desempenho anual desde 2014

Alta da arrecadação em 2019 deve ser nos níveis do fim de 2018, diz Receita Alta da arrecadação em 2019 deve ser nos níveis do fim de 2018, diz Receita Alta da arrecadação em 2019 deve ser nos níveis do fim de 2018, diz Receita Alta da arrecadação em 2019 deve ser nos níveis do fim de 2018, diz Receita
Foto: Divulgação

O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, destacou nesta quinta-feira (24), que o desempenho dos principais fatores econômicos também explicam a alta de 4,74% na arrecadação de 2018 na comparação com 2017. O recolhimento de impostos e contribuições federais somou R$ 1,457 trilhão no ano passado, o melhor desempenho anual desde 2014. Ele sinalizou que a expectativa do Fisco é de novo crescimento da arrecadação em 2019.

“A trajetória até aqui é ascendente. A expectativa é de que, mantido o atual ambiente econômico, teremos uma trajetória de continuidade da retomada da atividade econômica, com impacto na arrecadação de tributos”, avaliou Malaquias. “Também temos dados positivos do aumento do emprego, o que se reflete na renda e, por consequência, no consumo”, completou.

Seguindo Malaquias, o ritmo de crescimento acumulado verificado no fim de 2018 (5,39% até novembro, e 4,74% até dezembro) foi menor que o do começo do ano (10,12% em janeiro, e até 10,34% fevereiro), porque a retomada mais firme da economia teria se iniciado na segunda metade de 2017. Assim, a base de comparação já seria mais elevada no segundo semestre. “Da mesma forma, o crescimento da arrecadação em 2019 deve se situar em níveis próximos ao do fim de 2018”, detalhou.

Evolução

O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal destacou crescimento da arrecadação de tributos que incidem sobre o consumo em dezembro, citando dados da evolução da venda de bens e serviços. Segundo ele alta da massa salarial no mês passado também explica o crescimento da arrecadação previdenciária.

Em dezembro, a arrecadação federal somou R$ 141,529 bilhões, uma queda real de 1,03% na comparação com dezembro de 2017. Se os tributos sobre consumo tiveram boa performance no mês, houve queda nos impostos relacionados à produção industrial e ao valor em dólar das importações, que apresentaram recuo na comparação com o mesmo mês do ano anterior. “A arrecadação é um importante indicador da atividade econômica. Existe uma correlação direta entre o desempenho da arrecadação e os principais fatores macroeconômicos”, avaliou.

Malaquias destacou também o crescimento de 14,93% na arrecadação do Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em dezembro. Só a arrecadação por estimativa mensal cresceu 17,02% em relação a dezembro de 2017. “Isso significa que as empresas estão tendo um bom desempenho e projetando melhores resultados”, comentou.

Royalties

O chefe do Centro de Estudos Tributários da Receita Federal atribuiu o crescimento da arrecadação com royalties de petróleo em 2018 ao aumento do preço do barril e à variação do dólar naquele ano.

De acordo com o órgão, a arrecadação das despesas administradas por outros órgãos, composta principalmente por royalties de petróleo, teve aumento real de 51,79% em 2018, totalizando R$ 58,214 bilhões. Somente em dezembro, a alta foi de 24,77%, com arrecadação de R$ 2,913 bilhões.