Pequim – A China não precisa elevar a taxa básica de juros agora, mas se o crescimento econômico doméstico ganhar fôlego e a pressão inflacionária se intensificar isso pode ocorrer, disse uma autoridade do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês). “Elevações apropriadas na taxa de juros ajudam a estabilizar o câmbio e os preços das residências, disse Sheng Songcheng, diretor do departamento de estatísticas do BC chinês, em entrevista ao jornal Chinese Business News.
Segundo a autoridade, as condições de liquidez no mercado cambial da China estão mais apertadas, enquanto o retorno do bônus de 10 anos continua a subir.
Na avaliação de Zhao Yang, economista do Nomura, o PBoC dificilmente elevaria os juros no próximo ano, mesmo se a pressão inflacionária aumentar, já que o crescimento econômico continua em patamar modesto. O analista aponta que a inflação no país e as elevações de juros do Federal Reserve, o banco central norte-americano, poderiam pressionar o banco central chinês a abrir. “Este é provavelmente o maior desafio para o banco central”, afirma.
No fim do primeiro trimestre de 2017, os preços ao consumidor e na indústria podem subir acima de 3% e 5%, respectivamente, acredita o analista do Nomura. Mas a crescente pressão inflacionária é em grande medida resultado dos preços maiores das residências e da reação nas commodities, não da melhora na demanda, aponta o economista. Fonte: Dow Jones Newswires.