Economia

Alterações em regras trabalhistas devem ser propostas em lei, diz sindicalista

Alterações em regras trabalhistas devem ser propostas em lei, diz sindicalista Alterações em regras trabalhistas devem ser propostas em lei, diz sindicalista Alterações em regras trabalhistas devem ser propostas em lei, diz sindicalista Alterações em regras trabalhistas devem ser propostas em lei, diz sindicalista

Brasília – O vice-presidente da UGT, deputado Roberto de Lucena (PV-SP), afirmou nesta quinta-feira, 22, que o governo do presidente Michel Temer indicou que vai editar apenas a criação do Programa Seguro-Emprego (PSE) via medida provisória. As demais alterações em regras trabalhistas devem ser propostas via projeto de lei, o que agradou aos sindicalistas, que reclamam do pouco diálogo durante a elaboração das iniciativas.

“Ontem, foram elaboradas três minutas ao longo do dia. Essa versão foi a última forma, definida já na madrugada”, contou Lucena ao chegar ao Palácio do Planalto, onde deve ocorrer a cerimônia de anúncio das medidas em instantes. “Durante a tramitação (dos projetos de lei), é mais fácil corrigir distorções, ter uma discussão mais aprofundada”, acrescentou.

A minirreforma trabalhista que será proposta por Temer tem como um de seus princípios permitir que o negociado entre patrões e empregados prevaleça sobre o que está previsto na legislação. Essa medida regulamenta algumas práticas já em vigor no mercado de trabalho. Se aprovado o projeto, será permitido que haja negociação direta para jornadas de trabalho além das 8 horas diárias, respeitando um limite de 12 horas por dia e 220 horas mensais.

A flexibilização suscita preocupações nas centrais sindicais. “Essa jornada de 12 horas pode permitir que se abuse demais de certas categorias”, disse o presidente da UGT, Ricardo Patah, que chamou o pacote de “bomba natalina”. Ele disse, no entanto, que a edição de MP apenas para o PSE “é mais prudente”.

O PSE, por sua vez, é uma versão repaginada do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), criado pela ex-presidente Dilma Rousseff. Como o Estado antecipou, está previsto investimento de R$ 1,3 bilhão para a manutenção de 200 mil postos de trabalho em quatro anos, segundo o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.