Economia

Anchieta aposta no turismo para salvar economia após paralisação da Samarco

O foco de Anchieta está no turismo de lazer, no turismo religioso e no agroturismo. Para sustentar o desenvolvimento do negócio, várias ações emergenciais estão sendo realizadas

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Anchieta aposta no turismo para salvar economia após paralisação da Samarco
Praia de Castelhanos abrigará Centro de Atendimento ao Turista Foto: Divulgação/Prefeitura

A paralisação das atividades industriais da Samarco em Anchieta, no Sul do Estado, depois do rompimento das barragens em Mariana no último dia 5 de novembro fez com que as ações para dirimir a dependência econômica do município com a mineradora se tornassem prioridade à Prefeitura e o turismo é um pilar fundamental para essa transformação.

Para o secretário de Turismo, Comércio e Empreendedorismo do município, Edgar Fiorin, a atividade turística, agregada à pesca e à agricultura, é a salvação da economia de Anchieta. “São as três atividades que poderão sustentar a nova forma de geração de renda da população e estamos fornecendo as ferramentas para isso”, salientou. 

O foco de Anchieta está no turismo de lazer, no turismo religioso e no agroturismo. Para sustentar o desenvolvimento do negócio, várias ações emergenciais estão sendo realizadas, a começar pela capacitação dos empresários para atender os turistas. “Temos no município cerca de 540 donos de hotéis e pousadas e comerciantes. Sabemos que o turista volta se for bem recebido e que o empresário capacitado repassa seu conhecimento aos funcionários”, explicou o secretário.

Uma série de obras de iluminação e revitalização de praças estão sendo realizadas nos balneários de Ubu e Iriri, além da construção de dois Centros de Atendimento ao Turista (Cat), um na praia de Castelhanos e outro no Porto de Cima, de onde serão encaminhados passeios marítimos com pescadores locais que possuírem embarcações para transportar pessoas. O aumento da segurança e acessibilidade ao Santuário Nacional de Anchieta e a construção de uma casa para venda de produtos produzidos pelas agricultoras da zona rural do município também são ações de fomento ao turismo.

Apesar das ações imediatas, o secretário não acredita que os 4,5 mil leitos disponíveis no município sejam ocupados em sua totalidade durante o próximo verão. “Estimamos que a ocupação hoteleira será de cerca de 80%; em parte porque a temporada será pequena, de pouco mais de um mês, e também devido às baixas no número de funcionários da Samarco que passavam férias em família no município”, finalizou Fiorin.