Economia

Aneel nega pedido para revisar cobrança de encargo de conta

Aneel nega pedido para revisar cobrança de encargo de conta Aneel nega pedido para revisar cobrança de encargo de conta Aneel nega pedido para revisar cobrança de encargo de conta Aneel nega pedido para revisar cobrança de encargo de conta

Brasília – A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) rejeitou nesta terça-feira, 22, um pedido de revisão de valores incluídos na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo setorial que banca subsídios do setor elétrico.

A Light Serviços de Eletricidade e a Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), que representa 50 companhias eletrointensivas, tinham solicitado revisão das quotas anuais da CDE deste ano, por conta de previsões de gastos feitos com indenizações de concessões e iniciativas sociais como programa Luz para Todos, despesas com carvão mineral e subvenção Tarifa Social de Energia Elétrica.

A Abrace pedia à agência que não incluísse nenhum no orçamento da CDE de 2016 atrelado à rubrica “obrigações pendentes” da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), que está dentro da CDE, mas a Aneel rejeitou o pleito e manteve o valor de R$ 2,4 bilhões.

A agência também rejeitou um pedido para reembolso integral de valores contratados de gás natural e pagos pela Eletrobrás Amazonas Energia e pela Petrobras. Em sua decisão, a Aneel determina que a Eletrobrás repasse aos beneficiários da CCC apenas os valores relativos às “obrigações pendentes”, no total de R$ 2,4 bilhões, para aqueles que comprovem a efetiva utilização do recurso. A Petrobras pedia a revisão dos valores relacionados ao transporte de gás na região, mas também teve seu pleito rejeitado.

O pagamento de CDE transformou-se em um imbróglio jurídico, com dezenas de ações de empresas movidas pelas empresas para interromper o pagamento parte do encargo. Nas contas da Abrace, cerca de R$ 6 bilhões deverão ser alvo de contestação judicial somente este ano. É praticamente metade do que os consumidores de energia de todo o País têm previsão de pagar ao longo de 2016.

Como essa conta da CDE tem um orçamento anual pré-definido, se algum agente deixa de participar do rateio, a conta sobra para o consumidor doméstico, a não ser que o Tesouro Nacional assuma a despesa.

A suspensão de pagamento teve início em julho do ano passado. Com decisões na Justiça que apontaram uma série de custos irregulares embutidos no fundo setorial, a Abrace conseguiu uma liminar que eximiu seus clientes de pagar, em 2015, cerca de R$ 1,6 bilhão.

Nas discussões sobre o orçamento da CDE, a Abrace convenceu a Aneel de que o fundo tinha embutido uma cobrança em duplicidade de custos da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC). A agência reconheceu o erro de metodologia e cortou a cobrança em R$ 1,6 bilhão, reduzindo esse custo da conta de luz dos consumidores do País.