Economia

ANP defende exploração de gás não convencional no Brasil

A indústria proporcionou a abertura de 700 mil poços e o barateamento do preço do gás natural para o consumidor doméstico nos Estados Unidos

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Foto: Estadão Conteúdo
Foto: Estadão Conteúdo

O diretor geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, defendeu a exploração do mercado de gás não convencional no Brasil, indústria que nos Estados Unidos proporcionou a abertura de 700 mil poços e o barateamento do preço do gás natural para o consumidor doméstico.

Ele afirmou que o mercado tem grande potencial para o gás não convencional, principalmente na bacia do Recôncavo Baiano, e que, apesar de não ser “a salvação da lavoura”, deveria ser levado em conta na política energética.

No final de 2013, a ANP realizou o primeiro leilão de blocos com potencial para exploração não convencional, ou seja, que estão localizados em rochas que precisam ser fraturadas para que liberem o combustível. O fraturamento hidráulico consiste na explosão de rochas subterrâneas e injeção de produtos químicos, o que causa danos ao meio ambiente, e por este motivo o Ministério Público obteve uma liminar que suspendeu a exploração de gás não convencional no Brasil até que se defina uma legislação específica para o segmento.

“A ANP é favorável à exploração do gás não convencional e temos que tomar essa decisão, mas no momento tem limitações legais”, disse Oddone respondendo uma questão colocada durante debate por um representante da Halliburton na Rio, Oil & Gas 2018, sobre quando o Brasil começaria a explorar o gás não convencional.

“Os Estados Unidos têm 700 mil poços em produção de forma não convencional. Será que é tão ruim assim?”, indagou Oddone, lembrando que o Brasil corre o risco de ter que importar gás natural apesar de ter um grande volume a ser explorado de forma convencional e não convencional.