Economia

AP publica edital de concessão de saneamento em todos os 16 municípios, diz BNDES

AP publica edital de concessão de saneamento em todos os 16 municípios, diz BNDES AP publica edital de concessão de saneamento em todos os 16 municípios, diz BNDES AP publica edital de concessão de saneamento em todos os 16 municípios, diz BNDES AP publica edital de concessão de saneamento em todos os 16 municípios, diz BNDES

O governo estadual do Amapá publicou nesta sexta-feira, 28, o edital de concessão plena dos serviços de água e esgoto em todas as 16 cidades do Estado, informou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pela estruturação do projeto. A intenção é fazer o leilão para selecionar o operador privado em setembro, na B3. O projeto prevê investimentos totais de R$ 3 bilhões em obras.

Segundo o BNDES, R$ 984 milhões terão que ser investidos em obras nos cinco primeiros anos de concessão.

O valor é “quase 11 vezes maior do que o total investido nos últimos dez anos (R$ 90 milhões)” pelo governo estadual e sua estatal de saneamento, a Caesa – a concessão vai aliviar os cofres estaduais, já que a companhia tem parte de sua operação custeada pelo Estado.

Com os investimentos e a melhoria na eficiência operacional – segundo o BNDES, a estimativa é que a operação atual da Caesa desperdice 70% da água tratada -, a meta é melhorar os serviços oferecidos 750 mil pessoas. Do investimento total de R$ 3 bilhões em 35 anos de concessão, 70% serão destinados à melhora do esgotamento e 30%, do fornecimento de água.

Conforme dados Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), no Amapá, apenas 34,9% da população têm acesso à água, e só 7,1%, à coleta de esgoto.

Segundo as regras do edital, o operador privado será escolhido, em leilão, por lances que combinem o valor da taxa de outorga com um desconto numa tarifa de referência. A outorga mínima é de R$ 50 milhões, a serem divididos entre o governo estadual e as prefeituras.

Para evitar que operadores interessados ofereçam descontos exagerados na tarifa, o que poderia inviabilizar a sustentabilidade econômico-financeira da concessão ao longo do tempo, os lances terão que embutir um desconto máximo de 20% sobre o valor de referência.