Economia

Apesar da crise, papéis da Vale fecham em alta em NY

Após perder mais de 5% na abertura do pregão, o ADR fechou em alta de 0,24%, a US$ 12,42

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Foto: Divulgação

Os recibos de ações (ADR) da Vale negociados em Nova York reduziram gradualmente a tendência negativa observada desde o início da manhã de ontem, 4, e passaram a operar em alta no fim da tarde. 

Logo na abertura dos negócios em Wall Street, o ADR registrou fortes perdas com a notícia publicada durante o fim de semana de que o presidente da mineradora, Fabio Schvartsman pediu afastamento temporário do cargo e foi substituído interinamente por Eduardo de Salles Bartolomeo. Outros três diretores da Vale também fizeram o mesmo pedido. O mercado de ações doméstico só deve repercutir a saída de Schvartsman no pregão de amanhã. Ontem e hoje a Bolsa de Valores de São Paulo segue fechada por conta do feriado de carnaval.

Uma das notícias positivas para o papel veio do banco JPMorgan, que revisou o cenário para o mercado de minério de ferro. A instituição financeira prevê que, após a tragédia de Brumadinho, a produção da Vale deve cair de 400 milhões de toneladas para montante entre 347 milhões e 360 milhões de toneladas em 2019/2020.

Com essa menor produção da Vale e expectativa de demanda melhor na China, a previsão para o preço da tonelada do minério no mesmo período subiu de US$ 65 a US$ 70 para intervalo entre US$ 70 e US$ 77. Ou seja, a produção da Vale poderá cair até 13,2%, mas o preço do minério aumentará até 18% em relação ao cenário inicialmente previsto pelo JPMorgan.

Substituto

Em comunicado, a mineradora informou que a escolha de Bartolomeo para o cargo seguiu o processo sucessório de acordo com o plano de interinidade previamente discutido pelo Conselho de Administração.

Bartolomeo possui experiência de 10 anos na Vale, já tendo exercido a posição de diretor executivo de Logística, Operações Integradas de Bulk Commodities (minério de ferro, carvão e manganês) e, mais recentemente, como diretor de Metais Básicos. Foi também membro do Conselho de Administração, do Comitê Financeiro e do Comitê de Governança, Conformidade e Risco da Vale entre 2016 e 2017, acrescentou a companhia. O executivo passou pela AmBev, entre 1994 e 2003.

O afastamento da direção da Vale se deu após pressão da força-tarefa ( Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual de MG e Polícia Federal) que investiga o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, que deixou 186 mortos e 122 pessoas desaparecidas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.