
Apesar de estar sendo afetado diretamente pelo tarifaço aplicado pelos Estados Unidos, o setor brasileiro de rochas naturais alcançou, ainda em novembro, o maior volume exportado de sua história: US$ 1,35 bilhão entre janeiro e novembro, segundo dados da Associação Brasileira de Rochas Naturais (Centrorochas).
O desempenho supera o recorde anterior, registrado em 2021, que era de US$ 1,34 bi. Além disso, apresentou uma alta de 18,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
Crescimento da exportação internacional
Mesmo com o tarifaço, os Estados Unidos ainda seguem sendo o principal destino das rochas brasileiras, com 54,4% de participação e US$ 735,4 milhões importados entre janeiro e novembro (+15,7%), com uso predominante dos materiais em bancadas de cozinha e banheiro.
Entretanto, o desempenho poderia estar maior, por conta do impacto das tarifas impostas desde agosto deste ano. A medida afetou grande parte das rochas exportadas pelo país, com sobretaxas de 50%.
Até novembro, essas categorias registraram quedas acumuladas, como no caso dos granitos, que recuaram 17,3%, e dos mármores, com retração de 16,5%.
A China, com 16,6% de participação das exportações brasileiras, o que representa US$ 224,8 milhões (+13,6%) e a Itália, com 7,8%, equivalente a US$ 106,0 milhões (+46,3%) reforçam o papel do Brasil como fornecedor essencial para as principais indústrias de beneficiamento e reexportação.
Ambos os países concentram grande parte de suas compras na aquisição de blocos brutos, que são beneficiados localmente e posteriormente distribuídos para diversos mercados.