Economia

Após apagão no AP, Aneel quer mudar forma de comunicação sobre falhas graves

O apagão no Amapá ocorreu na terça-feira, 3, à noite, mas o Ministério de Minas e Energia (MME) somente soube da ocorrência no dia seguinte

Após apagão no AP, Aneel quer mudar forma de comunicação sobre falhas graves Após apagão no AP, Aneel quer mudar forma de comunicação sobre falhas graves Após apagão no AP, Aneel quer mudar forma de comunicação sobre falhas graves Após apagão no AP, Aneel quer mudar forma de comunicação sobre falhas graves
Foto: Estadão Conteúdo

Após o apagão no Amapá, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu incluir, em sua agenda regulatória 2021/2022, um processo para regulamentar a forma com que transmissoras devem comunicar problemas graves em suas instalações. O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, pediu às áreas técnicas que instaurem processo administrativo com o propósito de regulamentar o procedimento de comunicação de ocorrência grave e de indisponibilidade prolongada de ativos de transmissão. “Já é uma resposta e aprimoramento em decorrência da ocorrência no Amapá”, disse.

O apagão no Amapá ocorreu na terça-feira, 3, à noite, mas o Ministério de Minas e Energia (MME) somente soube da ocorrência no dia seguinte. Praticamente todo o Estado ficou sem energia até sábado, 7, quando ela começou a ser restabelecida, mas ainda há falhas. A população será submetida a racionamento por pelo menos mais uma semana.

Os assuntos da agenda regulatória deverão ser discutidos em audiência pública a ser realizada na próxima semana, dia 19.

Os temas a serem tratados incluem a resolução da micro e minigeração distribuída, debate que foi adiado após o presidente Jair Bolsonaro interditá-lo e se manifestar contra o que chamou de “taxar o sol”.

A Aneel pretendia garantir que os usuários de painéis fotovoltaicos também pagassem taxas pelo uso da rede, já que hoje esse custo é subsidiado pelos demais consumidores. O tema ficou em suspenso sob o pretexto de aguardar manifestação do Congresso, na forma de uma lei sobre a geração distribuída, o que não ocorreu.

Outros temas que integram a agenda são o compartilhamento de postes com empresas de telecomunicações, a regulamentação do programa Mais Luz Para a Amazônia, as adequações regulatórias para usinas híbridas, aperfeiçoamento de critérios e procedimentos para a programação da operação e formação do PLD, regulamentação do “constrained off” de centrais geradoras solares fotovoltaicas e hidrelétricas e revisão da resolução sobre segurança de barragens.

Na área de comercialização e mercado, a Aneel deve discutir a consolidação dos atos normativos relativos à pertinência temática “Regras de Comercialização”, “Mercado Atacadista de Energia – MAE”, “Procedimentos de Comercialização”, “Convenção de Comercialização de Energia Elétrica”, “Contratação de Energia” e “Autorização para Comercializadores de Energia”.

Também ficará para 2021 a regulamentação dos custos acessórios ao consumidor relativos a conta-Covid, empréstimo bilionário que serviu para socorrer o setor elétrico durante a pandemia. Essa etapa vai definir o que será pago pelas empresas e o que ficará com o consumidor.

A Aneel também vai discutir alternativas regulatórias à recomposição do equilíbrio econômico-financeiro de contratos de concessão e permissão do serviço público de distribuição de energia elétrica.