Economia

Após GM entrar na Justiça, sindicato dos metalúrgicos mantém greve em São José

Após GM entrar na Justiça, sindicato dos metalúrgicos mantém greve em São José Após GM entrar na Justiça, sindicato dos metalúrgicos mantém greve em São José Após GM entrar na Justiça, sindicato dos metalúrgicos mantém greve em São José Após GM entrar na Justiça, sindicato dos metalúrgicos mantém greve em São José

São Paulo – Após a General Motors (GM) entrar na Justiça com um pedido de dissídio coletivo, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, Antônio Ferreira de Barros, afirmou que a greve, iniciada na última segunda-feira, 18, “segue muito forte” e que não cogita aceitar um valor para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) menor que o pago em 2014. “Além disso, como a empresa quer aproveitar o embalo e demitir os trabalhadores em que estão para voltar do lay-off, o movimento também levanta a bandeira da estabilidade no emprego”, afirmou, em referência aos cerca de 600 dos 4.200 funcionários da unidade que estavam com contratos de trabalho suspensos há cinco meses e retomariam às atividades nesta semana.

Barros afirma ainda que outras montadoras da região mantiveram em 2015 os valores da PLR do ano anterior e que a GM seria a única a tentar a redução. Em 2014, pelos cálculos do sindicalista, os metalúrgicos da planta de São José dos Campos receberam R$ 16.300, sendo R$ 13.000 referentes à PLR e R$ 3.300 ao abono salarial. Portanto, como os funcionários já receberam R$ 8.500 da primeira parcela do benefício no ano passado, a reivindicação da categoria para a segunda parcela é de R$ 7.750. A proposta inicial da GM era de R$ 4.250 e foi elevada para R$ 5.000, após o início da paralisação. As ofertas foram recusadas pelos trabalhadores.

Apesar da crise na economia brasileira e o mau momento do setor automotivo, o sindicato dos trabalhadores argumenta que a planta da GM no interior paulista teve faturamento de R$ 6 bilhões em 2015 e que, nos últimos anos, a companhia aumentou os repasses para os acionistas.

Na próxima segunda-feira, 25, empresa e sindicato se reunirão no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas e, se não chegarem a um acordo, a Justiça do Trabalho pode determinar a solução para o impasse.