Economia

Após rebaixamento, Fazenda diz que governo segue comprometido com reformas

Após rebaixamento, Fazenda diz que governo segue comprometido com reformas Após rebaixamento, Fazenda diz que governo segue comprometido com reformas Após rebaixamento, Fazenda diz que governo segue comprometido com reformas Após rebaixamento, Fazenda diz que governo segue comprometido com reformas

Brasília – Após o engavetamento da reforma da Previdência ter levado uma segunda agência de classificação de risco a rebaixar a nota de crédito do Brasil neste ano, o Ministério da Fazenda disse que o governo federal segue comprometido em progredir com a agenda de reformas macro e microeconômicas. A pasta ainda buscou destacar a “composição saudável” da dívida pública brasileira, capaz de mitigar riscos para sua gestão – uma reação ao comentário da Fitch sobre o “crescente fardo” do endividamento para as contas do País.

O anúncio da Fitch ocorre na mesma semana em que o governo federal admitiu oficialmente a suspensão da tramitação da reforma da Previdência, medida necessária para o equilíbrio das contas públicas e da própria dívida, que segue trajetória crescente nos últimos anos. A agência rebaixou a nota de BB para BB-, com alteração da perspectiva de negativa para estável.

Segundo a Fazenda, a agência reconhece que os fundamentos macroeconômicos brasileiros permitem a absorção de choques internos e externos e a garantia da sustentabilidade da dívida pública.

A nota detalha os aspectos da dívida pública hoje que garantem essa capacidade – algo que não estava no comunicado da Fazenda quando reagiu ao rebaixamento da S&P Global Ratings em janeiro.

“O Ministério da Fazenda destaca que a Dívida Pública Federal conta atualmente com uma composição saudável, reduzida exposição cambial e baixa concentração de vencimentos no curto prazo, além de uma base diversificada de investidores para seu financiamento, o que contribui para mitigar os riscos inerentes à sua gestão”, disse a pasta.

O governo ressaltou medidas já aprovadas no Congresso Nacional, como o teto de gastos, a reforma trabalhista, o regime de recuperação fiscal dos Estados e a nova Taxa de Longo Prazo (TLP), além da própria reformulação das políticas de crédito do BNDES (uma medida administrativa).

“Além disso, o governo federal segue comprometido em progredir com a agenda de reformas macro e microeconômicas destinadas a garantir o equilíbrio das contas públicas, crescimento econômico sustentável e contínua melhoria do ambiente de negócios”, afirma a nota.

No comunicado sobre o rebaixamento da S&P, em janeiro, a Fazenda havia destacado o apoio do Congresso Nacional na aprovação das medidas necessárias para o País e disse à época ter certeza de que os parlamentares seguiriam trabalhando em favor das reformas e do ajuste fiscal.