
Os setores industriais do Espírito Santo já estudam medidas emergenciais para mitigar o impacto do tarifaço de 50% a produtos brasileiros impostas pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Dentre elas estão a redução da produção e de postos de trabalho. A informação é da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).
De acordo com a Findes, as tarifas têm causado insegurança a empresários sobre cenários como saúde financeira e empregabilidade.
A federação tem se reunido com 26 federações nacionais e participado de reuniões frequentes com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para debater respostas à medida americana.
“Enquanto nenhum documento oficial foi entregue pelo governo dos Estados Unidos ao Brasil, a simples manifestação pública do presidente americano em suas redes sociais já trouxe instabilidade às relações comerciais e acendeu o alerta em diversos setores produtivos. A CNI está conduzindo, com o apoio das Federações, um levantamento junto às indústrias para mapear frustrações comerciais e identificar potenciais prejuízos”, afirmou o presidente da Findes, Paulo Baraona.
Riscos maiores no Espírito Santo
De acordo com a Findes, no Espírito Santo, os impactos do tarifaço podem ser ainda mais profundos, uma vez que os Estados Unidos são o maior parceiro histórico do Estado.
No ano passado, o país norte-americano correspondeu a 28,6% das exportações capixabas, conforme dados do Observatório Findes.
Além disso, o Espírito Santo é o segundo estado brasileiro com maior dependência de exportações para os Estados Unidos. Em 2024 foram US$ 3,06 bilhões em exportações para os Estados Unidos contra US$ 2,05 bilhões em importações.
“A Findes continuará acompanhando os desdobramentos do caso com atenção, mobilizando sua estrutura técnica e institucional para apoiar as indústrias capixabas na avaliação dos impactos e na construção de alternativas que possam preservar empregos, investimentos e a competitividade do setor produtivo do Espírito Santo”, declarou.