Economia

Associação critica ideia do governo de fazer concessões para contratar dragagem

Associação critica ideia do governo de fazer concessões para contratar dragagem Associação critica ideia do governo de fazer concessões para contratar dragagem Associação critica ideia do governo de fazer concessões para contratar dragagem Associação critica ideia do governo de fazer concessões para contratar dragagem

Brasília – A ideia do governo de fazer concessões para contratar serviços de dragagem para os portos brasileiros foi criticada pela Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP). A entidade avalia que haveria maior agilidade se os serviços de dragagem fossem contratados diretamente pelos próprios terminais.

Outra solução proposta envolveria Parcerias Público-Privadas (PPPs). “Temos de ser criativos e encontrar soluções ao sistema tradicional de licitações, porque o País tem urgência. O mais importante, de imediato, é destravar investimentos para que os agentes privados possam direcionar os recursos para a modernização dos portos e do seu entorno”, afirma Wilen Manteli, diretor-presidente da ABTP.

Cenário

O governo busca firmar contratos de longo prazo com empresas especializadas em serviços de dragagem para manter a capacidade dos portos brasileiros de receber embarcações de grande porte. “Buscamos uma solução definitiva”, disse ao jornal “O Estado de S. Paulo” o ministro-chefe da Secretaria de Portos, Edinho Araújo. “Assim como fizemos concessões de rodovias, podemos fazer a concessão da malha líquida.”

As concessões em dragagem e também em hidrovias foram anunciadas pela presidente Dilma Rousseff em seu discurso de posse. O ministro informou que o governo analisa modelos internacionais para definir a modelagem a ser aplicada no País. Uma possibilidade é conceder o serviço em um grupo de portos, o que permitirá às empresas utilizar os equipamentos numa espécie de rodízio. Outra possibilidade é fazer porto a porto.

O governo tem enfrentado dificuldades para contratar serviços de dragagem para o Porto de Santos (SP). Na terça-feira, foi lançado o terceiro edital, cujas propostas devem ser entregues até março. As duas tentativas anteriores fracassaram. O governo não conseguiu ofertas na faixa de preço pretendida.