Economia

Associação de estúdios diz que 'PL do Streaming tem injustificáveis assimetrias regulatórias'

Associação de estúdios diz que ‘PL do Streaming tem injustificáveis assimetrias regulatórias’ Associação de estúdios diz que ‘PL do Streaming tem injustificáveis assimetrias regulatórias’ Associação de estúdios diz que ‘PL do Streaming tem injustificáveis assimetrias regulatórias’ Associação de estúdios diz que ‘PL do Streaming tem injustificáveis assimetrias regulatórias’

A Motion Picture Association (MPA), organização que representa Disney, Netflix, Paramount, Sony, Warner Bros, Discovery e NBCUniversal, manifestou “preocupação” com o “PL do Streaming” e afirmou que o texto “apresenta injustificáveis assimetrias concorrenciais e regulatórias”.

As declarações constam em documento desta terça-feira, 21, endereçado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ao qual o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) teve acesso.

Para as empresas, o “PL do Streaming” tramita na Câmara “sem o indispensável debate democrático”, o que demanda dos deputados “discussões mais aprofundadas”.

No texto, a associação afirma que as empresas representadas “têm uma longa presença e investimentos maciços no Brasil, geram empregos, qualificam talentos, produzem e distribuem obras audiovisuais brasileiras para as diferentes janelas cinematográficas e promovem a cultura brasileira local e internacionalmente”.

As companhias afirmam que há “falta de consenso” na indústria sobre o “PL do Streaming” e dizem que a atual versão “traz consigo o risco fundado de aumento de custos aos consumidores, redução de investimentos e obstáculo à competitividade, resultados opostos aos pretendidos”.

“Como se vê, tratam-se de consideráveis prejuízos do ponto de vista econômico e cultural e das parcerias sólidas entre todos os agentes da indústria. Além disso, o PL apresenta injustificáveis assimetrias concorrenciais e regulatórias”, diz nota a Lira.

As empresas associadas também dizem reiterar “compromisso com uma discussão aprofundada e sadia de um modelo regulatório voltado a garantir o desenvolvimento sustentável da indústria audiovisual”.

Segundo a MPA, o faturamento bruto anual do setor no Brasil é de R$ 56 bilhões, e com geração de cerca de 660 mil empregos a cada ano.

“Trata-se de um dos setores mais dinâmicos de nossa economia, sendo responsável pela atração de bilhões de reais em investimentos, geração de emprego e renda”, dizem as empresas ao fim do texto.

O parecer mais recente do relator, deputado André Figueiredo (PDT-CE), prevê a criação de uma contribuição de 6% sobre a receita bruta para os provedores de vídeo que não são considerados “plenos”, ou seja, que contêm menos de 50% de conteúdos brasileiros.

As empresas podem deduzir metade dessa contribuição desde que cumpram requisitos que incluem investimentos em produções nacionais.

Já os provedores considerados “plenos”, com mais de 50% de conteúdos brasileiros, serão obrigados a pagar 3% da mesma contribuição, mas poderão zerar o percentual caso obedeçam aos requisitos de investimentos.

Segundo apurou o Broadcast Político, o relator deve fazer mudanças no parecer, após conversas com bancadas da Câmara. Deputados afirmam que o texto pode ir a votação no plenário na quarta-feira, 22.