Economia

Atual nível de juros prejudica concessões de infraestrutura, diz Serra

Atual nível de juros prejudica concessões de infraestrutura, diz Serra Atual nível de juros prejudica concessões de infraestrutura, diz Serra Atual nível de juros prejudica concessões de infraestrutura, diz Serra Atual nível de juros prejudica concessões de infraestrutura, diz Serra

São Paulo – O senador José Serra (PSDB-SP) afirmou que “com a atual taxa de juros”, a Selic, as concessões de infraestrutura propostas pelo governo não vão “decolar”. Segundo ele, existe uma correlação muito grande entre a taxa básica de juros da economia e o interesse de empresários para fazer projetos de longo prazo, como de infraestrutura, entre eles, os de logística e transporte. “Talvez seria o caso de pensar em mecanismos de financiamento com custos menores que a Selic”, afirmou, no evento Desafio Fiscal Brasileiro, que está sendo realizado pelo Insper em São Paulo.

“Aliás, esse é um efeito secundário da atual política de aumento de juros. Esta última elevação da Selic em 0,5 ponto porcentual não teve nem pé nem cabeça. Só ela é responsável por um impacto nas contas públicas de R$ 6 bilhões a R$ 7 bilhões no horizonte de um ano”, disse.

Serra ressaltou que em duas semanas deve apresentar um projeto de criação de um conselho fiscal cujo objetivo é a avaliação da gestão das contas públicas. Segundo ele, os representantes desse colegiado seriam escolhidos pelo Poder Legislativo. Ele citou como exemplo que o Tribunal de Contas União (TCU) é um órgão que já auxilia o Congresso, principalmente na área de despesas.

O senador também destacou que avalia como positiva a análise do TCU sobre o episódio de pedaladas fiscais pois isso gera um debate positivo na sociedade. Para o senador, é importante que o administrador público tenha correção dos seus atos e que seja rigorosamente punido ao administrar de forma errada as contas públicas.

MP 665

Serra afirmou ainda que a votação do PSDB na Câmara contra a Medida Provisória 665, que trata das regras para o seguro-desemprego e abono salarial, foi uma decisão política. “Não vi a decisão final da Câmara, mas cada bancada nas duas Casas do Congresso tem a sua dinâmica. Quando o projeto chegar ao Senado, eu também vou avaliar junto com a bancada”, comentou.