Economia

Aumento da inadimplência no crédito imobiliário foi 'pouco dramático', diz Abecip

Aumento da inadimplência no crédito imobiliário foi ‘pouco dramático’, diz Abecip Aumento da inadimplência no crédito imobiliário foi ‘pouco dramático’, diz Abecip Aumento da inadimplência no crédito imobiliário foi ‘pouco dramático’, diz Abecip Aumento da inadimplência no crédito imobiliário foi ‘pouco dramático’, diz Abecip

São Paulo – A inadimplência no crédito imobiliário teve aumento “pouco dramático” a despeito da crise política e econômica que o País enfrenta, de acordo com o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Gilberto Duarte de Abreu Filho. “As pessoas têm atrasado o pagamento, mas priorizam o crédito imobiliário”, afirmou ele, em coletiva de imprensa nesta terça-feira, 26.

Ao final de junho, a inadimplência, considerando mais de três prestações em atraso, estava em 1,8%, acima do indicador visto um ano antes, de 1,7%, conforme a Abecip. Em março, o indicador, porém, estava maior, em 2,0%.

Expectativas

A pressão nos custos dos financiamentos imobiliários, com aumento da taxa básica da economia (Selic) e dos distratos, e a crise política e econômica no primeiro semestre foram os motivos que levaram a Abecip a piorar suas expectativas para 2016, disse Abreu Filho.

A entidade espera queda de 34% no volume de crédito com recursos da poupança (SBPE) neste ano, para R$ 50 bilhões. A expectativa publicada no início do ano era de queda de 20,6%, para um patamar de R$ 60 bilhões.

“Apesar de termos uma expectativa mais positiva, mudamos a projeção para o ano porque quando 2015 começou não imaginávamos que o primeiro semestre seria tão duro como foi. Tivemos pressão de custo e da crise política e econômica muito maior que a expectativa inicial”, disse Abreu Filho.

De acordo com ele, as medidas anunciadas nestas segunda-feira, 25, pela Caixa Econômica Federal são positivas, na medida em que contribuem para a retomada do setor imobiliário. Abreu acrescentou ainda que o banco público é diferente dos privados e tem um papel importante em habitação social.

Sobre 2017, o presidente da Abecip disse que, embora a entidade não tenha números para o ano que vem, o mercado chegou “ao fundo do poço e deve ressurgir no próximo ano”. Segundo ele, porém, não é esperado um ressurgimento forte.

Abreu Filho disse ainda que o ano que vem será mais forte, mas não deve retornar ao patamar do passado, quando a Selic ficou artificialmente no patamar dos 7%, mas que a expectativa da queda dos juros tende a contribuir para o segmento que depende de dinheiro mais barato.