Economia

Bandeira amarela alivia IPCA de março, mas não projeção de 2016, dizem analistas

Bandeira amarela alivia IPCA de março, mas não projeção de 2016, dizem analistas Bandeira amarela alivia IPCA de março, mas não projeção de 2016, dizem analistas Bandeira amarela alivia IPCA de março, mas não projeção de 2016, dizem analistas Bandeira amarela alivia IPCA de março, mas não projeção de 2016, dizem analistas

São Paulo – A redução na conta de energia a partir de março por causa da mudança na cor da bandeira tarifária, de vermelha para amarela, deve permitir um alívio entre 0,12 ponto e 0,15 ponto porcentual na inflação do próximo mês, segundo economistas consultados pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Para os analistas, a medida anunciada esta semana é bem-vinda neste momento em que a inflação acumulada em 12 meses segue em dois dígitos. Mas como já era aguardada para algum momento deste ano e há outras pressões inflacionárias à frente, a mudança não deve afetar as estimativas para o IPCA fechado de 2016.

Para Márcio Milan, analista da Tendências Consultoria Integrada, a redução terá um impacto negativo de 0,15 ponto porcentual no IPCA de março, que deve terminar em 0,30%, bem abaixo do 1,32% de março de 2015. Além disso, ele espera que, com a bandeira atual (vermelha 1, ou rosa, que acrescenta R$ 3,00 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos) dando lugar à amarela (que acrescenta R$ 1,50 a cada 100 kWh), a inflação fechada do primeiro trimestre deve ser de 2,10%.

Em igual período de 2015, o IPCA encerrou em 4,83%. Caso o sistema de bandeira tarifário seja alterado para verde em abril, como espera o governo, “o impacto pode chegar a 0,40 ponto porcentual”, disse Milan.

Bandeira verde

A modificação também já estava presente nos cenários da LCA. A consultoria prevê uma diminuição de 0,15 ponto porcentual na inflação de março. Sobre a sinalização do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, de que a intenção do governo é alterar o sistema para o de bandeira verde em maio, o que resultará em nova queda de R$ 1,50, a LCA é cautelosa. “Nosso cenário para o IPCA prevê que a mudança para bandeira verde ocorrerá em junho”, informa a consultoria.

A despeito do alívio esperado para a inflação em março e possivelmente à frente quando se cogita implementar a bandeira verde, os analistas são cautelosos em estimar que o IPCA de 2016 poderá ter desaceleração para uma taxa abaixo do teto da meta, de 6,50%.

“Não muda, pois há outras pressões, como em alimentos, que estão puxando mais que o esperado, e de tarifas públicas, especialmente em transporte urbano, que também vieram maior que o previsto. De certa forma, um movimento compensa o outro”, avalia Milan, que estima IPCA de 7% este ano.

Já a MCM está em processo de revisão das suas expectativas e, por enquanto, a projeção para o IPCA está em 7,40%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Colaborou Denise Abarca